segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Primeiro Centro de Qualidade do Queijo Minas Artesanal será inaugurado no município de Medeiros

Com a criação do espaço, agricultores familiares do Estado poderão comercializar a iguaria mineira em todo o Brasil; inauguração será na próxima quinta-feira (8), às 16h

O centro de qualidade será destinado à maturação. Outra unidade será inaugurada em Rio Paranaíba
O centro de qualidade será destinado à maturação. Outra unidade será inaugurada em Rio Paranaíba

Está marcada para o próxima quinta-feira (8), às 16h, a inauguração do primeiro Centro de Qualidade do Queijo Minas Artesanal, no município de Medeiros, na região da Serra da Canastra, Centro-Oeste do Estado. Por meio do centro, nove agricultores familiares da região poderão comercializar a iguaria em todo o país, respaldados por mecanismo doInstituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Acordo inédito entre o Ministério da Agricultura e os serviços de inspeção sanitária de Minas, executados pelo IMA, possibilitaram a liberação de documento que legaliza a comercialização Queijo Minas Artesanal em todos os estados brasileiros.
O queijo maturado é o único reconhecido como Queijo Minas Artesanal pela legislação vigente, a Lei Estadual 20.549/12. Os centros de qualidade serão destinados à maturação, tendo em vista que a qualidade sensorial do produto está ligada a esse quesito. “Isso justificou os esforços do Estado na conclusão deste projeto, que foi idealizado devido à escassez de recursos para construção de pequenas queijarias”, informa o coordenador técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), Albany Arcega.
“Além de oferecer um ambiente adequado e amplo para uma perfeita maturação, a iniciativa vai ao encontro das necessidades dos pequenos produtores da região, pois além de maturar, será suporte logístico para coleta, seleção, embalagem e distribuição para os grandes centros de consumo”, explica o coordenador técnico. “Apesar da possibilidade do comércio individual, acreditamos que, coletivamente, o processo de comercialização se torne viável, principalmente por atender a questões relacionadas ao volume e regularidade na distribuição, alcançada apenas de forma grupal”, acrescenta.
Dados da Emater-MG mostram 9.445 agricultores nas cinco regiões produtoras tradicionais (Serro, Canastra, Araxá, Campos das Vertentes e Cerrado) são responsáveis por uma produção de cerca de 29 mil toneladas de Queijo Minas Artesanal por ano, o que gera cerca de 26 mil empregos diretos. Só em Medeiros, onde se fabrica a iguaria há mais de 200 anos, a estimativa é que existam cerca de 400 fabricantes que produzem, diariamente, cerca de oito toneladas.
A favor dos produtores
A Emater-MG e o IMA, vinculados à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), há anos se mobiliza para efetivar o projeto que favorece o agricultor familiar. “O IMA teve papel fundamental no que se refere à criação do mecanismo que permitiu o registro e a comercialização do Queijo Minas Artesanal em nível nacional. Já a Emater-MG, além de ter buscado o recurso para construção, tem se empenhado para conseguir organizar os grupos que irão receber os empreendimentos. Além disso, terá um papel fundamental na manutenção dos centros, estando presente em todas as etapas da manutenção da qualidade do produto”, destaca o secretário da Seapa, Ermírio Nascimento.
“O investimento neste empreendimento favorece diretamente o agricultor familiar, dando-lhe possibilidade de aumentar sua renda através da atuação coletiva, do cooperativismo e associativismo, que serão suportes para a comercialização em todo o Brasil. Sozinho fica difícil o agricultor familiar comercializar em outros estados do país, mas unidos e respaldados por um Centro de Qualidade, ficam fortalecidos”, comenta o presidente da Emater-MG, José Ricardo Roseno.
Ainda segundo José Ricardo Roseno, a ideia é construir centros de qualidade nas cinco regiões tradicionais, ampliando o benefício aos produtores. Além de Medeiros, em Rio Paranaíba há outro centro de qualidade em fase de conclusão, que atenderá a 13 agricultores familiares. Há ainda outro em fase inicial, na cidade de Araxá, no Alto Paranaíba.

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