sexta-feira, 2 de maio de 2014

Exames em 49 bovinos no Mato Grosso resultaram negativo para EEB


Desde que foi iniciada a averiguação do caso provável de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Estado do Mato Grosso, por parte dos fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e autoridades sanitárias mato-grossenses (Indea), foram adotadas todas as providências previstas em protocolos nacionais e internacionais. As investigações de campo envolveram 11 propriedades, todas com vínculo de trânsito animal com estabelecimentos onde esteve a vaca analisada. 
Créditos: Divulgação / MAPA
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Neste cenário, após inspeção em mais de 4 mil animais, foram identificados 49 bovinos, em plena condição física de saúde, que haviam nascido um ano antes e um ano depois da vaca com suspeita de EEB. Para estes casos, a recomendação internacional prevê a destruição desses animais -- o que ocorreu no dia 25 de abril. Ainda assim, o serviço sanitário também submeteu amostras encefálicas coletadas de todos os exemplares ao teste de EEB pelo Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco (Lanagro-PE). E, em 30 de abril, todos os resultados foram negativos para a doença. Isso demonstra de forma inequívoca que o animal identificado é um caso isolado e não representa risco algum para a sanidade animal e à saúde pública.

Essas medidas foram adotadas visando encerrar as atividades de campo, independentemente do resultado conclusivo que ainda está por ser enviado pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), localizado em Weybridge, na Inglaterra.

Todas as ações foram sustentadas nas recomendações sanitárias do Código de Animais Terrestres da OIE, visando cumprir com os seus dispostos, mantendo assim o Brasil com a melhor classificação mundial sanitária para EEB, que é de risco insignificante.

Desde 1990, o Ministério da Agricultura aplica medidas de prevenção e vigilância dessa doença, que são atualizadas constantemente, em consonância com as informações científicas disponíveis e as recomendações da entidade internacional.

Diante dessas ações, consolidadas há mais de duas décadas no Brasil, um eventual registro da enfermidade não configura risco sanitário, visto que as medidas de mitigação de risco atuais são suficientes para evitar a reciclagem e amplificação do agente causador.

Saiba mais

Em 2005, a OIE extinguiu o termo "livre de EEB" de seu Código Sanitário de Animais Terrestres. A avaliação atual da entidade em relação à doença elenca as seguintes categorias: insignificante, controlado e indeterminado, em ordem crescente de grau de risco. Ou seja, nenhum pais do mundo está isento da ocorrência de casos esporádicos da enfermidade.

Para avaliação de situação sanitária, a OIE considera as medidas de prevenção, vigilância e mitigação de risco adotadas por um país nos últimos sete a oito anos. Com isso, um animal com idade avançada não desqualifica o sistema de prevenção implantado, que é o caso do animal que está sendo investigado no Mato Grosso (12 anos). 

Nesse cenário, a eventual confirmação de caso de EEB é indicativa de que o país possui um sistema de vigilância robusto, capaz de identificar e retirar situações isoladas e previsíveis da cadeia de alimentação.

Para mais informações sobre o caso, veja mais abaixo:
FONTE

http://www.agrosoft.org.br/agropag/228833.htm?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+agrosoft+%28Agrosoft%29#.U2Osj_ldUuR


24/04/2014 14:59Defesa sanitária

Mapa investiga caso atípico de EEB

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acionou o sistema de defesa animal para averiguar um caso provável de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), no estado de Mato Grosso. As investigações de campo indicam tratar-se de uma única suspeita de caso atípico de EEB, já que o animal foi criado exclusivamente em sistema extensivo (a pasto e sal mineral) e foi abatido em idade avançada, com cerca de12 anos de idade. Essas são as principais características de um caso atípico de EEB, pois ocorre de forma esporádica e espontânea, não relacionada à ingestão de alimentos contaminados.
Os produtos derivados desse bovino não ingressaram na cadeia de alimentação humana ou animal e o material de risco foi incinerado. Por precaução, todos os animais contemporâneos ao caso provável foram identificados individualmente e interditados.
O bovino analisado foi enviado para abate no dia 19 de março de 2014, em virtude de problemas reprodutivos ocasionados pela idade avançada e sem sintomas de distúrbios neurológicos. Durante a inspeção ante mortem, o fiscal federal agropecuário responsável pela fiscalização no frigorífico observou que havia um animal caído, ou seja, em “decúbito forçado”. Com esse quadro, o animal não foi considerado apto ao abate de rotina, sendo direcionado ao abate de emergência e submetido à colheita de amostras para o teste de EEB.
O resultado final dos exames realizados em laboratório nacional agropecuário detectou a marcação priônica. Conforme os protocolos brasileiros, foram deflagradas atividades imediatas no sentido de realizar investigação epidemiológica a campo e providências para o envio da amostra ao laboratório de referência internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra, para confirmação da suspeita.
O sistema de defesa sanitária animal brasileiro relacionado à EEB já está consolidado há décadas e permitiu ao Brasil ser classificado como país com risco insignificante para a doença perante a OIE. Essa classificação é a melhor que existe no mundo. Todas as informações sobre o caso já foram repassadas pessoalmente por representantes do Mapa à OIE, que enalteceu a transparência e competência brasileira, colocando inclusive sua estrutura à disposição, assim como seus laboratórios de referência.
A notificação oficial e novas informações sobre o caso serão repassadas quando sair o resultado final da avaliação do laboratório da OIE, na próxima semana.
http://www.agricultura.gov.br/animal/noticias/2014/04/mapa-investiga-caso-atipico-de-eeb

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