quarta-feira, 19 de maio de 2010

Combate à febre aftosa tem balanço positivo na América do Sul


A 37ª Reunião Ordinária da Comissão Sul Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que reuniu representantes dos serviços veterinários oficiais, organização de produtores agropecuários, da indústria de transformação animal, farmacêutica e de laboratórios, concluiu a necessidade de ações integradas dos governos em todo o continente sul-americano.

O diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA, Altino Rodrigues Neto, que participou como convidado especial na conferência, realizada em Georgetown, Guiana, como representante do Governo do Estado de Minas Gerais, fez um balanço bastante positivo do evento. Para ele, o Brasil teve uma presença significativa no evento, já que o nosso país tem um rebanho comercial bastante significativo e junto com os países que compõem o Mercosul, quer se transformar no maior pólo exportador de proteínas animal do mundo.

Conforme Rodrigues Neto, todos os países presentes ressaltaram a necessidade do fortalecimento dos trabalhos do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), com sede no Rio de Janeiro, e solicitar aos seus membros uma maior atenção nos serviços que não estão sendo realizados pela Bolívia, Equador e Venezuela. “É uma situação que preocupa a todos que fazem parte do bloco hemisférico. Estes três países, diz o diretor-geral do IMA, não estão dando a atenção devida ao problema da febre aftosa em suas regiões, o que poderá enfraquecer todo o trabalho realizado até agora”.

No continente, a febre aftosa necessita de uma ação integrada entre governos de todos os países, coordenados pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Pan Aftosa) sempre com o foco nos mecanismos de vigilância e controle sanitário dos rebanhos. Esse sistema, diz Altino, é condição para o controle de outras doenças dos animais mais graves e transmissíveis para pessoas.

Na reunião foi discutido, em detalhes, a situação da doença na América do Sul e a perspectiva do avanço de sua erradicação, além de dar continuidade aos trabalhos do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), instruindo a criação de um grupo de trabalho, coordenado pelo Panaftosa, para elaborar uma proposta da reformulação técnico-estratégica para aqueles países que não estão colaborando na luta contra a enfermidade.

Igualmente decidiu aprovar o projeto do fortalecimento da cooperação PANAFTOSA-OPS/OMS, e incitou aos países e às agências de cooperação para apoiar e contribuir com recursos humanos e financeiros para que se alcance os resultados esperados.

Altino Rodrigues afirma que há a necessidade do Brasil ser o coordenador na América do Sul de todo esse processo. A erradicação da febre aftosa é o passo definitivo para a implantação de uma estrutura de vigilância e controle no continente sul-americano. Só assim, diz, “teremos capacidade de garantir a qualidade da nossa carne e aumentar a quantidade produzida, ampliando significativamente o trabalho, o emprego e a renda na sua extensa e complexa cadeia produtiva”.

Ficou decidido que a próxima reunião do Cosalfa será realizada no Brasil, em Recife (PE).


ABN - Agência Brasileira de Notícias

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