segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ceará quer mudar status da febre aftosa

Publicado por Marcus Vinícius


Classificado como de risco médio para a febre aftosa, o Ceará pretende melhorar o seu status sanitário para livre da doença com vacinação nos próximos anos. Para isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai ampliar o apoio às iniciativas programadas pelo governo daquele estado.

O assunto foi discutido na semana passada durante uma reunião do diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Guilherme Marques, com o governador do Ceará, Cid Gomes. O encontro – que também contou com a presença da superintendente federal de Agricultura no estado, Maria Luiza da Silva Rufino – debateu estratégias e ações de adequação necessárias para o estado avançar no processo de reconhecimento como área livre de aftosa com vacinação. O rebanho cearense é formado por cerca de 2,5 milhões de cabeças.

Entre as resoluções acertadas, Gomes se comprometeu em autorizar a contratação imediata de 61 profissionais de nível superior (40 médicos veterinários e 21 engenheiros agrônomos) e 79 técnicos para ampliar a capacidade de atuação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri). Com essa medida, a estrutura de proteção do Ceará poderá contar com mais 15 Unidades Veterinárias Locais (UVLs), totalizando 40 unidades, além de dezenas de escritórios de atendimento a comunidade. Em contrapartida, o ministério oferecerá cursos de reciclagem para os fiscais agropecuários que já atuam no serviço estadual. Também vai treinar os novos selecionados, além de repassar recursos contínuos por meio de convênio plurianual com validade pelos próximos cinco anos.

Segundo Marques, a decisão do Ceará dará condições para o estado sanar a maioria das deficiências apontadas na auditoria realizada pelo Mapa durante os meses de junho e julho passado. Assim que o Plano de Ação definido for cumprido, o governo cearense poderá solicitar uma nova avaliação para a sua possível inclusão no grupo de estados – Maranhão, Piauí, Pernambuco e o Norte do Pará – que está na fase mais avançada para o estudo soroepidemiológico com vistas à obtenção do reconhecimento de zona livre de aftosa com vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

“Em Alagoas ocorreu um acordo semelhante recentemente. Agora, a nossa preocupação maior é com o Rio Grande do Norte e a Paraíba, que ainda se encontram em situação de atenção especial. Esperamos, junto com as autoridades técnicas e políticas, buscar uma solução para as inconformidades registradas nesses estados. O ministério se coloca à disposição para colaborar nesse processo, já que nosso objetivo é fortalecer o Serviço Veterinário Oficial no Estado”, declara.

Marcos Giesteira
Mapa
(61) 3218-2203
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