sexta-feira, 11 de maio de 2012

FAO: perspectivas para a produção mundial de carnes



Impulsionado exclusivamente por ganhos de produção de aves e suínos, a produção mundial de carne deve aumentar cerca de 2%, para 302 milhões de toneladas, em 2012. A maioria do crescimento do setor se originará dos países em desenvolvimento. Para os países desenvolvidos é previsto pelo segundo ano consecutivo a queda nos lucros devido aos custos de produção elevados, da estagnação do consumo de carne nacional e da forte concorrência de países em desenvolvimento. Devido a limitação dos países desenvolvidos, está se observando uma mudança nas quotas de mercado internacionais para países em desenvolvimento, em particular Brasil e Índia.
A produção mundial de carne bovina está prevista para 67,5 milhões de toneladas em 2012. O progresso dos países em desenvolvimento é compensado pela contração da produção em países desenvolvidos. Grande parte do aumento é esperado na Ásia, América Latina e Caribe, com alguns ganhos também previsto na Oceania. A produção de carne deve declinar na América do Norte e na Europa. Na Ásia, é esperado um aumento da produção da Índia, devido a habilitação de três novos frigoríficos para exportação.
Na América Latina está sendo previsto um aumento na produção principalmente devido a recuperação do Brasil. Na Argentina, apesar do fechamento de quase um quarto de suas plantas e de três anos de queda no número de bovinos abatidos, a forte seca levou a um aumento de quase 3% no volume de abates do país. No Uruguai, a falta de novilhos fará com que seja o menor número de abates em quatro anos. Quanto ao Paraguai, a ocorrência de febre aftosa no ano passado ainda afeta a comercialização de carnes no país.
Entre os países desenvolvidos, devido a um inverno ameno no Canadá e condições favoráveis ​​de pastagem na Austrália e Nova Zelândia espera-se um aumento no peso de carcaça e por consequência um aumento na produção de carnes. Por outro lado, uma década de políticas para induzir a diminuição de bovinos na UE, somado a pior seca registrada nos Estados Unidos, estima-se uma redução na produção dos países desenvolvidos em cerca de 2% por cento, alcançando um volume de 29,4 milhões de toneladas.

Fonte: FAO, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.


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