Vívian Lessa do Agrodebate
A falta de operacionalidade e o excesso de burocracia são entraves para que os pecuaristas de Mato Grosso tenham acesso ao crédito garantido pelo Plano da Safra Agrícola e Pecuário 2012/13. Em análise as condições impostas para a próxima safra, o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que o aumento dos recursos e a redução das taxas de juros não valem se não houver preparo, por exemplo, nas agências bancárias.
Segundo ele, atualmente os produtores precisam esperar de seis meses a um ano para terem os projetos aprovados. "De que adianta o crédito ser liberado após o período de necessidade do produtor", diz. Para Vacari, os gargalos, como a recuperação de área e a falta de armazenamentos, serão resolvidos se o setor tiver assistência técnica. "Temos crédito mas não sabemos como ter acesso a eles", dispara.
No entanto, o governo afirma que os pecuaristas terão tratamento diferenciado durante a safra 2012/2013. Cada criador poderá contratar até R$ 750 mil para aquisição dos reprodutores, valor que estimulará a ampliação da atividade e a qualidade genética do rebanho. Outra medida que beneficia os criadores é o aumento de limite de comercialização às agroindústrias beneficiadoras e processadoras de leite de R$ 40 milhões para R$ 50 milhões e do prazo para pagamento de 180 dias para 240 dias. Esse limite engloba também a pecuária de corte, leiteira.
O Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro), que financia a pecuária de leite e a criação de ovinos, caprinos, suínos e aves, também mereceu um aporte do governo. O limite de crédito por aumentou em R$ 100 milhões, passando de R$ 850 milhões para R$ 950 milhões. O prazo de pagamento foi ampliado para até 12 anos com até três de carência.
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