A doença de mormo foi identificada em uma fazenda de Teresópolis
Doença é letal para homens e cavalosSalvador Scofano/ Divulgação
Do Metro RJ noticias@band.com.br
- Negócios com cavalos movimentam R$ 7,5 bi
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A identificação da doença de mormo em um cavalo de uma fazenda de Teresópolis, na região serrana, está causando dor de cabeça para os organizadores de eventos agropecuários do Rio de Janeiro, que correm o risco de cancelamento.
Por causa da doença, que pode atacar o homem e levar à morte, o deslocamento de equídeos (cavalos, éguas, mulas e asnos) está condicionado à apresentação de exame negativo para mormo e atestado sanitário de ausência de sinais clínicos da doença nos animais para a emissão da GTA (Guia de Trânsito de Animais).
Provocada pela bactéria burkholderia mallei, o mormo não era encontrado em propriedades fluminenses desde a década de 1960. No cavalo, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. No homem, tem 95% de índice de letalidade.
No fim de semana, a Expoagro de Campos dos Goytacazes, a maior feira agropecuária do norte do Estado, foi cancelada porque os animais não tinham a documentação necessária. “As medidas sanitárias previstas na legislação estão sendo adotadas. Interditamos a propriedade e o cavalo vai ser sacrificado.
Qualquer sinal indicativo de suspeita de mormo deverá ser imediatamente comunicada ao Núcleo de Defesa Agropecuária responsável pela região”, indicou superintendente estadual de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique Moraes.
Uma das hipóteses investigadas pela superintendência é de que a doença tenha migrado de Minas Gerais, que registrou dois focos há pouco mais de um mês.
Apesar de ter sido erradicada nos EUA e Europa, a doença tem aparecido com alguma frequência no nordeste. Em 2008, um cavalo teve mormo em São Paulo na época de um dos principais eventos hípicos do Brasil: o campeonato de salto Athina Onassis.
O evento quase foi cancelado e passou a ser disputado no Rio no ano seguinte. A próxima edição do milionário evento está marcada para a Hípica da Lagoa, no mês que vem. Só em 2011 gerou R$ 48 milhões em retorno de mídia.
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