Como escolher adequadamente um desinfetante? Qual a diferença entre "desinfetar o umbigo dos bezerros" e "sanitizar os utensílios que entram em contato com o colostro"? Neste artigo serão abordadas informações sobre a escolha e o uso dos desinfetantes no dia-a-dia do rebanho leiteiro.
A biossegurança é um conjunto de medidas que buscam prevenir a introdução de doenças ou patógenos no rebanho e, paralelamente, controlar a disseminação dos patógenos já presentes na fazenda. Muitos artigos desta seção já enfatizaram a importância da correta higiene dos utensílios, equipamentos e instalações para a biossegurança do rebanho. O correto uso dos desinfetantes é uma das ferramentas para a biossegurança.
A seleção de um desinfetante deverá ser baseada no tipo de ação desejada (eliminação de bactérias, vírus, protozoários, etc.), no nível de irritação causada (segurança para as pessoas e para os animais), impacto no ambiente, impacto nos equipamentos utilizados (corrosivos) e no custo. Muitos fatores podem afetar a eficiência de um desinfetante, para isso, é importante observar os seguintes pontos:
- Tipo de microorganismo que deverá ser combatido (observe na Tabela 1 que existem diferentes tipos de desinfetantes).
- Nível de contaminação (isto irá influenciar o tempo necessário para a desinfecção e a quantidade necessária de produto).
- Quantidade de proteína presente no material (a proteína pode inativar alguns tipos de desinfetantes)
- Ação na presença de matéria orgânica.
- Concentração do produto.
- Tempo de contato e temperatura.
Tabela 1. Observe abaixo algumas definições.
O Hipoclorito e o Iodo são os desinfetantes mais utilizados no dia-a-dia dos rebanhos leiteiros. O Hipoclorito é capaz de eliminar vírus envelopados (ex: coronavírus, PI3, BVD) e não envelopados (ex: papilomavírus, rotavírus). Tem ainda ação efetiva contra fungos e bactérias. Os Hipocloritos corroem metais e destroem tecidos. A presença de matéria orgânica afeta seriamente, chegando a inativar sua ação. Apresenta baixa ação residual e baixo custo.
O Iodo é um germicida de ampla ação (bactericida, viricida, fungicida, afetando até esporos). Os Ionóforos podem ser formulados juntamente com sabões, resultando em produtos muito utilizados para limpeza cirúrgica. A ação do Iodo é também seriamente afetada com a presença de matéria orgânica. Podem ser utilizados em baixas concentrações para desinfetar objetos. Apresentam baixo custo, no entanto requerem aplicações freqüentes para a manutenção de sua ação.
A Clorexidina é um bom desinfetante, porém menos efetivo que o Iodo, Hipoclorito, Aldeídos, entre outros. É um produto que provoca pouca irritação aos tecidos e possui uma moderada ação na presença de matéria orgânica. O custo é baixo, mas necessita de aplicações freqüentes.
O Álcool é comumente utilizado como desinfetante tópico, mas não é efetivo contra esporos (de bactérias e fungos) e vírus não envelopados. Possui limitada ação na presença de matéria orgânica. O custo do álcool é mais alto, sendo limitante para usos gerais.
A Amônia Quaternária é um germicida de ampla ação, mas também não age sobre os esporos e sobre os vírus não envelopados. Sua ação é afetada com a presença de matéria orgânica e sabões. Por isso, a área onde a Amônia Quaternária será utilizada devera ser bem enxaguada. Apresenta baixa toxidade, baixo custo e é um bom desinfetante para superfícies.
Os Aldeídos são também germicidas de ampla ação. Os glutaraldeídos são bactericidas, viricidas, fungicidas, esporicidas e parasiticidas. São razoavelmente efetivos mesmo na presença de matéria orgânica. O formoldeído é um germicida muito potente, porém é altamente tóxico, devendo ser utilizado somente sobre orientação e em ambientes ventilados.
Tabela 2. Características de alguns importantes desinfetantes.
Em última análise, os desinfetantes são freqüentemente utilizados na rotina de um rebanho leiteiro. O uso vai desde a limpeza do material utilizado em partos difíceis, desinfecção do umbigo, higiene do material utilizado após a vacinação, higiene da ordenha, produtos para o pedilúvio, produtos para a desinfecção de caminhões que transportam animais à exposições, até a desinfecção dos carros que entram na propriedade (este último exemplo, nos casos de surtos de doenças infecciosas).
Fonte:
Gardner, J.F. Antiseptics and Disinfectants. 1993.
McCluggage, Dave. A practical guide to disinfectants. 1991.
Fonte: http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/sanidade/desinfetantes-ferramenta-para-a-biosseguranca-do-rebanho-40130n.aspx
A biossegurança é um conjunto de medidas que buscam prevenir a introdução de doenças ou patógenos no rebanho e, paralelamente, controlar a disseminação dos patógenos já presentes na fazenda. Muitos artigos desta seção já enfatizaram a importância da correta higiene dos utensílios, equipamentos e instalações para a biossegurança do rebanho. O correto uso dos desinfetantes é uma das ferramentas para a biossegurança.
A seleção de um desinfetante deverá ser baseada no tipo de ação desejada (eliminação de bactérias, vírus, protozoários, etc.), no nível de irritação causada (segurança para as pessoas e para os animais), impacto no ambiente, impacto nos equipamentos utilizados (corrosivos) e no custo. Muitos fatores podem afetar a eficiência de um desinfetante, para isso, é importante observar os seguintes pontos:
- Tipo de microorganismo que deverá ser combatido (observe na Tabela 1 que existem diferentes tipos de desinfetantes).
- Nível de contaminação (isto irá influenciar o tempo necessário para a desinfecção e a quantidade necessária de produto).
- Quantidade de proteína presente no material (a proteína pode inativar alguns tipos de desinfetantes)
- Ação na presença de matéria orgânica.
- Concentração do produto.
- Tempo de contato e temperatura.
Tabela 1. Observe abaixo algumas definições.
O Hipoclorito e o Iodo são os desinfetantes mais utilizados no dia-a-dia dos rebanhos leiteiros. O Hipoclorito é capaz de eliminar vírus envelopados (ex: coronavírus, PI3, BVD) e não envelopados (ex: papilomavírus, rotavírus). Tem ainda ação efetiva contra fungos e bactérias. Os Hipocloritos corroem metais e destroem tecidos. A presença de matéria orgânica afeta seriamente, chegando a inativar sua ação. Apresenta baixa ação residual e baixo custo.
O Iodo é um germicida de ampla ação (bactericida, viricida, fungicida, afetando até esporos). Os Ionóforos podem ser formulados juntamente com sabões, resultando em produtos muito utilizados para limpeza cirúrgica. A ação do Iodo é também seriamente afetada com a presença de matéria orgânica. Podem ser utilizados em baixas concentrações para desinfetar objetos. Apresentam baixo custo, no entanto requerem aplicações freqüentes para a manutenção de sua ação.
A Clorexidina é um bom desinfetante, porém menos efetivo que o Iodo, Hipoclorito, Aldeídos, entre outros. É um produto que provoca pouca irritação aos tecidos e possui uma moderada ação na presença de matéria orgânica. O custo é baixo, mas necessita de aplicações freqüentes.
O Álcool é comumente utilizado como desinfetante tópico, mas não é efetivo contra esporos (de bactérias e fungos) e vírus não envelopados. Possui limitada ação na presença de matéria orgânica. O custo do álcool é mais alto, sendo limitante para usos gerais.
A Amônia Quaternária é um germicida de ampla ação, mas também não age sobre os esporos e sobre os vírus não envelopados. Sua ação é afetada com a presença de matéria orgânica e sabões. Por isso, a área onde a Amônia Quaternária será utilizada devera ser bem enxaguada. Apresenta baixa toxidade, baixo custo e é um bom desinfetante para superfícies.
Os Aldeídos são também germicidas de ampla ação. Os glutaraldeídos são bactericidas, viricidas, fungicidas, esporicidas e parasiticidas. São razoavelmente efetivos mesmo na presença de matéria orgânica. O formoldeído é um germicida muito potente, porém é altamente tóxico, devendo ser utilizado somente sobre orientação e em ambientes ventilados.
Tabela 2. Características de alguns importantes desinfetantes.
Em última análise, os desinfetantes são freqüentemente utilizados na rotina de um rebanho leiteiro. O uso vai desde a limpeza do material utilizado em partos difíceis, desinfecção do umbigo, higiene do material utilizado após a vacinação, higiene da ordenha, produtos para o pedilúvio, produtos para a desinfecção de caminhões que transportam animais à exposições, até a desinfecção dos carros que entram na propriedade (este último exemplo, nos casos de surtos de doenças infecciosas).
Fonte:
Gardner, J.F. Antiseptics and Disinfectants. 1993.
McCluggage, Dave. A practical guide to disinfectants. 1991.
Fonte: http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/sanidade/desinfetantes-ferramenta-para-a-biosseguranca-do-rebanho-40130n.aspx
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