DA
REDAÇÃO, THIAGO ESTEFFANATO - ARAÇATUBA
Um
estudo feito na Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba (FMVA) da
Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi destaque na revista internacional
Acta Tropica - a publicação revela temas relevantes para a saúde humana e
animal. Na pesquisa ficou constatado que um fármaco desenvolvido no Brasil
denominado P-MAPA melhorou o estado clínico e a imunidade de cães com
leishmaniose. A droga poderia ser usada como coadjuvante no tratamento
convencional.
Para
a pesquisa foram selecionados 20 animais que apresentavam pelo menos três
sinais característicos da doença, entre eles emagrecimento acentuado, alopecia,
crescimento anormal das unhas e lesões de pele, em especial na ponta das
orelhas. Após a confirmação do diagnóstico, os cães foram separados em dois
grupos. Metade foi tratada com injeções intramusculares de P-MAPA durante 45
dias. A outra metade recebeu apenas placebo durante o mesmo período. A
professora da FMVA e coordenadora da pesquisa Valéria Marçal Felix de Lima disse
que o grupo tratado apresentou uma clara melhora clínica, especialmente
relacionada ao ganho de peso e massa muscular, recuperação das lesões cutâneas
e crescimento de pelos em áreas de alopecia. "Também analisamos uma série
de parâmetros para ver se a imunidade celular havia aumentado", contou
Valéria.
Segundo
a pesquisadora, nos animais infectados, a imunidade celular tende a diminuir à
medida que a doença progride, o que favorece o aumento da carga parasitária.
Para verificar se a droga era capaz de evitar esse quadro, os pesquisadores
realizaram uma biópsia de pele da orelha dos animais e analisaram a carga
parasitária nas amostras.
Ao
final do tratamento, os cães tratados com P-MAPA mostraram redução na carga
parasitária de cem vezes comparado ao observado no início do tratamento. Além
disso, comparado ao grupo controle, o tratamento com P-MAPA estimulou cinco
vezes mais a produção de uma citocina, responsável por ativar as células de
defesa e favorecer o combate ao protozoário causador da doença. Para a
pesquisadora, os resultados sugerem que o P-MAPA poderia ser usado como
auxiliar no tratamento da leishmaniose em cães. "As drogas hoje
disponíveis não conseguem eliminar o parasita totalmente.
O
cão fica sujeito a recaídas. Além disso, são muito tóxicas para os
animais", contou Valéria. Até pouco tempo atrás, a legislação brasileira
proibia o tratamento de cães infectados pelo protozoário Leishmania chagasi,
pois acreditava-se que o sacrifício era a melhor forma de evitar a transmissão
para humanos, que ocorre pela picada do mosquito-palha. "Mas a legislação
está se tornando mais flexível e aceitando o tratamento dos animais",
contou Lima.
Considerado
um imunomodulador, o P-MAPA já demonstrou resultados promissores no combate a
alguns tipos de câncer e as outras doenças infecciosas, como tuberculose e
malária. A molécula foi desenvolvida a partir de substâncias existentes no
fungo Aspergillus oryzae pela rede de pesquisa Farmabrasilis - entidade sem
fins lucrativos criada em 2001 e constituída por cientistas brasileiros,
chilenos, europeus e norte-americanos.(Com informações da Fapesp)
DA
REDAÇÃO, THIAGO ESTEFFANATO - ARAÇATUBA
Um
estudo feito na Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba (FMVA) da
Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi destaque na revista internacional
Acta Tropica - a publicação revela temas relevantes para a saúde humana e
animal. Na pesquisa ficou constatado que um fármaco desenvolvido no Brasil
denominado P-MAPA melhorou o estado clínico e a imunidade de cães com
leishmaniose. A droga poderia ser usada como coadjuvante no tratamento
convencional.
Para
a pesquisa foram selecionados 20 animais que apresentavam pelo menos três
sinais característicos da doença, entre eles emagrecimento acentuado, alopecia,
crescimento anormal das unhas e lesões de pele, em especial na ponta das
orelhas. Após a confirmação do diagnóstico, os cães foram separados em dois
grupos. Metade foi tratada com injeções intramusculares de P-MAPA durante 45
dias. A outra metade recebeu apenas placebo durante o mesmo período. A
professora da FMVA e coordenadora da pesquisa Valéria Marçal Felix de Lima disse
que o grupo tratado apresentou uma clara melhora clínica, especialmente
relacionada ao ganho de peso e massa muscular, recuperação das lesões cutâneas
e crescimento de pelos em áreas de alopecia. "Também analisamos uma série
de parâmetros para ver se a imunidade celular havia aumentado", contou
Valéria.
Segundo
a pesquisadora, nos animais infectados, a imunidade celular tende a diminuir à
medida que a doença progride, o que favorece o aumento da carga parasitária.
Para verificar se a droga era capaz de evitar esse quadro, os pesquisadores
realizaram uma biópsia de pele da orelha dos animais e analisaram a carga
parasitária nas amostras.
Ao
final do tratamento, os cães tratados com P-MAPA mostraram redução na carga
parasitária de cem vezes comparado ao observado no início do tratamento. Além
disso, comparado ao grupo controle, o tratamento com P-MAPA estimulou cinco
vezes mais a produção de uma citocina, responsável por ativar as células de
defesa e favorecer o combate ao protozoário causador da doença. Para a
pesquisadora, os resultados sugerem que o P-MAPA poderia ser usado como
auxiliar no tratamento da leishmaniose em cães. "As drogas hoje
disponíveis não conseguem eliminar o parasita totalmente.
O
cão fica sujeito a recaídas. Além disso, são muito tóxicas para os
animais", contou Valéria. Até pouco tempo atrás, a legislação brasileira
proibia o tratamento de cães infectados pelo protozoário Leishmania chagasi,
pois acreditava-se que o sacrifício era a melhor forma de evitar a transmissão
para humanos, que ocorre pela picada do mosquito-palha. "Mas a legislação
está se tornando mais flexível e aceitando o tratamento dos animais",
contou Lima.
Considerado
um imunomodulador, o P-MAPA já demonstrou resultados promissores no combate a
alguns tipos de câncer e as outras doenças infecciosas, como tuberculose e
malária. A molécula foi desenvolvida a partir de substâncias existentes no
fungo Aspergillus oryzae pela rede de pesquisa Farmabrasilis - entidade sem
fins lucrativos criada em 2001 e constituída por cientistas brasileiros,
chilenos, europeus e norte-americanos.(Com informações da Fapesp)
Nenhum comentário:
Postar um comentário