segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Identificação eletrônica de bovinos deve ser obrigatória no RS em 2014


Projeto que prevê obrigatoriedade é analisado na Assembleia Legislativa.
Sistema que será utilizado é o mesmo empregado no Uruguai e em SC.

Do G1 RS
O governo do Rio Grande do Sul planeja começar a fazer a identificação eletrônica de rebanhos bovinos e bubalinos em 2014. O projeto, baseado no sistema utilizado noUruguai há seis anos, está em análise na Assembléia Legislativa e prevê a obrigatoriedade de seu uso para todo o estado, onde em muitas propriedades a rastreabilidade ainda é feita através de identificação visual.
Uruguai e Santa Catarina se tornaram referências em valorização e qualidade de carne para importação e exportação graças ao sistema de identificação eletrônica dos bovinos. Pequenos chips são colocados na orelha do animal recém-nascido e a partir daí é feito um acompanhamento detalhado de todo o histórico do bovino, como as movimentações, por exemplo.
Na Região da Campanha, um seminário entre especialistas do programa uruguaio e catarinense explicou sobre a funcionalidade deste novo sistema. Técnicos do Departamento de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul também estão debatendo o assunto com os pecuaristas.
Como funciona o sistema de rastreamento bovino uruguaio
No Uruguai, todo serviço é custeado pelo governo. Desde os aparelhos eletrônicos até o transporte para o produtor. O sistema, que é obrigatório, entrou em vigor em 2006 e já possui 12 milhões de animais identificados. As informações são armazenadas em um banco de dados para que a vigilância sanitária e a polícia possam obter informações em tempo real sobre os animais que possuem o chip. Em alguns casos, o consumidor pode saber a procedência da carne uruguaia na hora de apreciar o churrasco. Outro benefício é a diminuição em 41% dos crimes de abigeato no país.

No Rio Grande do Sul, o monitoramento de rebanhos é feito através de um brinco que contém um número e é colocado nos terneiros que foram recém desmamados. Todas as informações são repassadas aos órgãos estaduais ligados à área sanitária. Com um tempo de permanência de 90 dias da identificação visual, a rastreabilidade se torna completa. O sistema ainda não é digital, mas já garante a certificação de qualidade  e a valorização da carne para importação e exportação.

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