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sexta-feira, 10 de junho de 2011

MALÁRIA: Escudo contra a superinfecção


Graças à restrição de ferro causada no fígado do hospedeiro, a própria infecção pelo parasita da malária previne a ocorrência de uma segunda infecção, mais severa, indica estudo publicado na Nature Medicine com participação brasileira

10/06/2011
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Em áreas endêmicas de malária é comum que as pessoas sejam picadas diversas vezes pelo mosquito que transmite a doença. Mas, graças à restrição de ferro causada no fígado do hospedeiro, a própria infecção pelo parasita da malária previne a ocorrência de uma segunda infecção.
A conclusão é de um estudo realizado por um grupo internacional de cientistas, com participação brasileira. Os resultados do trabalho foram publicados em maio na revistaNature Medicine.
De acordo com os autores, o estudo poderá ter impacto nas políticas mundiais de saúde que indicam suplementação de ferro para crianças anêmicas. Em áreas endêmicas para malária, a administração de ferro pode ocasionar, segundo o estudo, superinfecções.
O trabalho foi realizado no Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa (Portugal), com participação de cientistas da Universidade de Oxford (Reino Unido). A pesquisa foi coordenada por Maria Mota, diretora da Unidade de Malária do IMM, e teve colaboração de Sabrina Epiphanio, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Epiphanio colaborou com o estudo durante seu pós-doutorado, realizado entre 2005 e 2008 no laboratório de Mota no IMM. A primeira autora do estudo, Silvia Portugal – atualmente pesquisadora do National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos, trabalhou por três meses no laboratório de Epiphanio, na Unifesp, como pesquisadora visitante.
Atualmente a cientista brasileira realiza na Unifesp uma pesquisa sobre síndrome respiratória associada à malária, com apoio da FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.
De acordo com Epiphanio, que trabalha há nove anos com temas relacionados à malária, o trabalho publicado pelo grupo internacional é um dos raros que aborda simultaneamente as fases hepática e sanguínea da malária, simulando a situação de uma área endêmica na qual as vítimas podem ser picadas diversas vezes pelos insetos transmissores.
“Utilizamos modelos de camundongos infectados pela malária já na fase sanguínea e os infectamos pela segunda vez com a fase hepática. Quando medimos a infecção no fígado dos animais, observamos que a resposta da segunda infecção era muito mais baixa do que a primeira. Isso talvez explique por que nem todos que contraem a doença em áreas endêmicas vão a óbito”, disse à Agência FAPESP.
O próprio sistema funciona como um mecanismo de controle. Se a resposta da segunda infecção fosse tão intensa como a primeira, o hospedeiro teria uma superinfecção, desenvolvendo uma forma mais severa da doença, como uma malária cerebral, uma anemia severa, ou uma síndrome respiratória. Nesses casos, o índice de mortalidade é muito mais alto e a reversão do quadro clínico se torna muito difícil.
“Nossa primeira suspeita foi que a proteção proporcionada pela segunda infecção estaria relacionada a uma resposta do sistema imune. Mas realizamos uma série de experimentos com insetos deficientes para linfóticos e verificamos que isso não afetava o fenótipo: independentemente da resposta imunológica, o impacto da segunda infecção era sempre menor”, disse a pesquisadora.
Suplementação de ferro
Com a hipótese da resposta imunológica descartada, o grupo prosseguiu com os testes e descobriu que a proteção produzida pela segunda infecção estava relacionada ao aumento da hepcidina – um hormônio produzido pelo fígado que se encarrega de redistribuir pelo resto do organismo a quantidade de ferro presente no órgão.
“O parasita precisa do ferro para se desenvolver e, com a primeira infecção, retira o ferro da circulação sanguínea, diminuindo também sua abundância no fígado. Na segunda infecção, o fígado tem pouco ferro disponível e o parasita não consegue se multiplicar, evitando a superinfecção”, explicou Sabrina Epiphanio.
O trabalho mostrou que, quanto mais células eram infectadas na circulação, mais aumenta a concentração de hepcidina, que se encarrega de retirar ferro da circulação, tornando as células hepáticas carentes em ferro e impedindo a superinfecção.
“Quando utilizamos drogas que bloqueavam a produção da hepcidina – tanto in vivo como in vitro–, o fenótipo era revertido, isto é, os níveis de ferro se mantinham e a segunda infecção se tornava tão severa como a primeira”, disse.
A principal contribuição do trabalho, segundo Epiphanio, poderá ser o seu impacto nas políticas públicas mundiais de suplementação de ferro em áreas onde há grande incidência de anemia. Em muitos casos, essas áreas coincidem com as zonas endêmicas de malária.
“A administração de ferro em crianças anêmicas nessas regiões pode contribuir para a incidência de superinfecção de malária nas áreas endêmicas. A literatura registra que em Zanzibar, na África, programas de prevenção da anemia que contavam com a suplementação de ferro foram seguidos de aumento dos índices de malária”, disse Epiphanio.
O artigo Host-mediated regulation of superinfection in malaria, de Silvia Portugal e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Medicine emwww.nature.com/nm/journal/v17/n6/full/nm.2368.html

quinta-feira, 9 de junho de 2011

White-nose syndrome of Bats: An enemy in the cave


By Amanda Leigh Mascarelli / June 7, 2011

Most of the little brown bats in this photo are dead from white-nose syndrome. This Lackawanna County, Pa., mine is one of many sites in the United States and Canada contaminated with the disease.
Most of the little brown bats in this photo are dead from white-nose syndrome. This Lackawanna County, Pa., mine is one of many sites in the United States and Canada contaminated with the disease. Credit: Gregory Turner, Pennsylvania Game Commission.
Scientists who study bats have unwittingly become detectives on the trail of a troubling mystery.
It began during the winter of 2006. A visitor exploring a cave near Albany, N.Y., photographed hibernating bats. He noted they looked odd, because their noses were covered in strange, white fuzz — a lot like the fuzz on a moldy peach.
The following winter, other people began noticing disturbing signs at nearby caves: Bats were flying around aimlessly in broad daylight, probably in search of food. Normally the bats would be roosting (nestled closely together) in place all winter.
Then, in March 2007, researchers came upon a scene straight out of a nightmare. They stumbled onto thousands of bat skeletons scattered across the floor of one of the caves. The previous spring, bats here had been plump, healthy and thriving.
In short order, biologists would find this ghoulish scene at caves and mines throughout the Northeastern United States. And always there was the mysterious white fuzz clinging to the bats’ ears, wings and muzzles.
Its spread was rapid. By 2010, the scourge had reached Canada to the north and as far south as Tennessee.
This sickness, called white-nose syndrome (WNS), is now creeping westward. It has leapfrogged to caves and mines 800 miles from its original site. Indiana was recently confirmed to have WNS, and the disease is suspected to have reached as far south and west as Oklahoma.
At least six of the 45 species of bats in North America have been hit with white nose — including the little brown bat and the endangered Indiana bat (also found outside the state). Scientists estimate that more than a million bats have died, and perhaps far more than that.
The apparent culprit is a fungus known as Geomyces destructans. Unlike the fungus that thrives on sweaty feet and causes athlete’s foot, this one prefers chilly, moist spots like the caves and abandoned mines where bats hibernate. Researchers don’t quite understand why the fungus makes bats sick, but scientists are racing to gather as many clues as possible to try and thwart the disease. Their best hope is to slow the spread of the disease between caves and across the country. Ultimately, scientists are working to prevent mass extinctions of bats — or their permanent loss.
Team players
Gregory Turner, an endangered-mammal specialist with the Pennsylvania Game Commission, stands beneath a carpet of some 5,500 healthy Virginia big-eared bats in Hellhole Cave, W.Va. This photo was taken prior to the arrival of white-nose syndrome in the cave.
Gregory Turner, an endangered-mammal specialist with the Pennsylvania Game Commission, stands beneath a carpet of some 5,500 healthy Virginia big-eared bats in Hellhole Cave, W.Va. This photo was taken prior to the arrival of white-nose syndrome in the cave. Credit: Julie Zeyzus
Bats are “not charismatic, they’re not big and furry, but they are beautiful little animals,” says Hazel Barton, a cave microbiologist at Northern Kentucky University in Highland Heights. But she thinks it’s hard for many people to care about bats’ survival “because they don’t realize how important of a role [bats] play.”
Bats disperse seeds and pollinate flowers. They recycle key nutrients, pooping out natural fertilizers that benefit soils and cave ecosystems. And they provide critical environmental services to people by eating insects responsible for many crop and forest diseases.
A single hibernation site can be home to anywhere from dozens to hundreds of thousands of bats. In some instances, 100 to 150 bats may squish into an area the size of a Frisbee. Bats sometimes hang side by side, forming thick, furry carpets on the walls and ceilings of caves and mines. When researchers spot the telltale fuzz on hibernating bats, they know the animals’ future is grim. In sites where bats are afflicted with WNS, up to 99 percent (or, 99 in 100) of the bats will likely die.
“We call them zombies because they’re going to be dead by the end of the season,” says Barton. “It feels like death is there visiting.”
Falling dominoes
Since WNS arrived, the lives of bat researchers have been tough. The worst is when you go back to caves where healthy bats had lived year after year, says Gregory Turner. He’s an endangered-mammal specialist with the Pennsylvania Game Commission.
In one Pennsylvania cave, researchers had come to recognize a tiny tricolored bat that hung onto the same rusty nail all winter long for at least 15 years. But in 2010, this bat went missing. And it wasn’t just that bat that went missing. Of some 2,800 bats that once lived in the cave, the researchers found only 35 that season.
A cluster of endangered Indiana bats roosts in Hellhole Cave, W.Va., before white-nose syndrome’s arrival there.
A cluster of endangered Indiana bats roosts in Hellhole Cave, W.Va., before white-nose syndrome’s arrival there. Credit: Gregory Turner, Pennsylvania Game Commission
So far, WNS seems to be affecting only hibernating bats. Researchers suspect this may provide an important clue to how the fungus gets a foothold.
During hibernation, bats breathe just a few times an hour. Their metabolism, or energy production, drops into slow motion. And their immune systems, which fight infection and illness, are on pause. “They’re just sort of in cold storage,” says DeeAnn Reeder, a bat biologist at Bucknell University in Lewisburg, Penn. “Normally that works just fine for them.” But then “along comes this cold-loving fungus that happens to grow best when the animals have no immune competence.”
Healthy bats emerge from hibernation for only about an hour or two — something called an arousal — once every two weeks. Researchers believe that bats with WNS may be arousing from hibernation too frequently. Each time bats arouse, they have to rev up their metabolism, sort of like warming up a car or rebooting a computer. This process burns precious fat reserves that the bats need to get through the winter. As a result, bats become unusually hungry, and the search for food may be why they leave their caves early. But during the winter, they find few insects. This repeated disturbance depletes their energy reserves. And over time, scientists now believe, this causes the bats to starve to death. They may be too thin to reproduce when spring arrives.
The fungus also erodes the bats’ wings, turning them into something resembling cheesecloth, thin and with small holes. So bats that make it through the winter may still be unable to fly well enough to catch food.
“There are probably multiple things happening that are having a domino effect,” says Reeder. “We’re just trying to figure out what all those dominoes are and how they all relate.”
Unwelcome visitor
Scientists aren’t sure how G. destructans got here. It may have hitched a ride to the United States from Europe, probably on the clothes or shoes of someone who went into a cave. Indeed, the fungus appears identical to a fungus that lives in Europe. But bats in Europe so far appear to be healthy. And that makes researchers suspect that European bats may have developed a resistance to the fungus long ago.
American bats represent a New World (Western Hemisphere) population, says Barton, and the fungus constitutes an Old World (European) disease. Its arrival in the United States is probably much like when European settlers arrived in America, bringing smallpox. Native Americans had never been exposed to smallpox, which turned out to be very deadly to them.
“I don’t think there’s any difference between what happened then and what we’re seeing with the bats,” Barton says. “The New World population had no resistance, it had never been exposed to the organism before, and as a result there was high mortality.”
White-nose syndrome highlights how little we know about germs like bacteria and fungi, says David Blehert, a microbiologist (someone who studies tiny organisms) with the United States Geological Survey’s National Wildlife Health Center in Madison, Wis. While it’s rare for scientists to discover new species of mammals or birds, he explains that “the microbial world is still 99 percent unknown to science.” 
“Caves that bats hibernate in are just absolutely full of brothers and sisters and cousins of this fungus that are very closely related — but yet somehow different,” Blehert adds. “Understanding those differences will be key to understanding why this one [microbe] is so bad.”
Researchers do not yet understand how white nose spreads. But if they can’t learn how to stop it in its tracks, it could prove catastrophic for farmers and forest managers.
In summer and early fall, bats gorge on insects. A female bat can eat 4,500 insects in a single night, or more than 100 percent of her body weight. “That’s like me going out and having 500 quarter-pounders every night,” says Reeder. Bats feast on hoards of insects in order to store up fat for the winter.
Experts estimate that the loss of one million bats represents 700,000 tons of uneaten insects each summer. So “hundreds and hundreds of tractor trailers full of insects that would have been taken out by the bats” are now sticking around, says Barton. Many of these are agricultural pests, such as moths, that munch on food crops and cotton. To cope with the loss of bats, farmers may feel forced to use more pesticides, which would lead to an increase in air and water pollution.
Scientists studying white-nose syndrome arm bats with data loggers, which record the bats’ arousal patterns during hibernation.
Scientists studying white-nose syndrome arm bats with data loggers, which record the bats’ arousal patterns during hibernation. Credit: Gregory Turner, Pennsylvania Game Commission
Researchers are working feverishly, but so far have identified no way to stop the spread of white nose. “The efforts right now to find something to treat the bats or to prevent the fungus from growing are more of a Band-Aid than a cure,” says Turner.
Stalking the enemy
At a handful of sites, researchers are attempting to kill the fungus by scattering a variety of natural chemical compounds in winter-hibernating bat colonies. But preliminary data suggest that the treatment may be toxic to the bats too. And because bats live in complex ecosystems, researchers must also think about other beneficial organisms that could be affected by the treatment.
“We could spray the bats with an antifungal that might kill the white nose, but then it might kill everything else in the cave that the bats need to survive for the long term,” says James Eggers. He directs conservation programs at Bat Conservation International, based in Austin, Texas. “We want to find something that can specifically target this one fungus and not cause damage to other essential fungi.”
One way that researchers study hibernating bats without disturbing them is by gluing tiny data loggers that resemble M&M’s onto the bats’ backs. The loggers record the temperature of the bats’ skin and tell researchers how often the bats are arousing from hibernation.
Bat biologists suspect that bats living in colder hibernating colonies might have an advantage over those in slightly warmer ones. So, in a handful of sites, researchers hope to experiment with creating microclimates (steady climate conditions in a small area) by altering temperature and humidity. This approach might be effective in certain states, such as Pennsylvania, where 90 percent of bats hibernate inside abandoned mines. (It would be inappropriate for researchers to modify the climate of caves, which contain very complex natural ecosystems.)
“There are days that I feel like we’re doing everything we can and we’re just documenting an extinction,” says Reeder. Still, she sees room for hope.
“The only thing I know how to do is stick my nose to the grindstone and just work,” she says. “Hopefully, somewhere in that process we can come up with some information that will allow us to stop this [disease] and understand what’s going on.”
Power words (adapted from Yahoo! Kids dictionary):
arouse: The brief time when animals emerge from sleep or hibernation. Bats occasionally emerge from hibernation and bring their body temperature up to about 100 degrees Fahrenheit for one or two hours. Then the bats drop back into hibernation, and their bodies return to the surrounding temperature, usually about 45° F.
ecosystem: The organisms and environmental elements (such as rocks and soil) of a shared area.
fungus: Any of many organisms in the kingdom Fungi. They lack chlorophyll (used in photosynthesis) and vascular tissue (like blood in animals and sap in plants) and range in form from a single cell to a body mass of branched, threadlike structures. The kingdom includes yeasts, molds, smuts and mushrooms.
hibernate: To be temporarily inactive, or dormant, usually during the winter.
microclimate: The climate of a small, specific place within an area as compared with the climate of a broad region.
pollinate: The transfer of pollen (a powdery material used in flowering plant reproduction) from an anther (the male part of a flower) to the stigma (the female part of a flower).
roost: A place to temporarily rest or sleep.
speleology: The scientific study or exploration of caves.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Japão abate animais ao redor da usina nuclear


Os oficiais do Japão começaram o trabalho de abate dos animais afetados dentro de um raio de 20 quilômetros da usina nuclear de Fukushima, Daiichi. Somente os animais que estão "à beira da morte" serão abatidos, depois do consentimento do proprietário.

Algumas pessoas que residiam no local obtiveram permissão para retornar a suas casas por duas horas na terça-feira passada, mas a maioria não teve permissão oficial para voltar. Mais de 10.000 bovinos foram deixados para trás, além de outros animais como suínos, frangos e animais domésticos.

A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Enviada por e-mail por Marcio José Corrado

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Febre aftosa é transmitida a animais por período menor que o estimado


Pesquisa britânica testou transmissão do vírus da doença em bezerros.Trabalho foi divulgado na revista ‘Science’ nesta sexta-feira (6).

Do G1, em São Paulo

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Edimburgo e do Laboratório Pirbright, ambos no Reino Unido, mostra que o vírus da febre aftosa só pode ser transmitido durante um curto período da vida do animal. O tempo é quase metade do previsto anteriormente pela comunidade científica. O trabalho foi publicado na revista “Science” nesta sexta-feira (6).
A doença causa lesões na boca e nas patas, febre e secreção nasal em bois, porcos, cabras e ovelhas e pode levar à morte ou à necessidade de sacrifício dos animais.
Durante o estudo, bezerros foram postos ao lado de outros saudáveis, em pares, durante oito horas, para que o vírus causador da febre aftosa pudesse ser transmitido. Ao todo, foram feitas 28 dessas tentativas. Apenas 8 animais foram contaminados. A pesquisa inteira contou com o uso de 44 mamíferos.

Segundo os pesquisadores, o bezerro só pode transmitir o vírus da doença por um período menor que 2 dias. Após esse tempo, a defesa natural do mamífero entra em ação e limita o número de vírus
gerados. O estudo mostra que a chance de passar o micro-organismo adiante só aparece 12 horas após o surgimento dos primeiros sinais clínicos.

A equipe agora busca formas para diagnosticar a febre aftosa no campo, após os primeiros sintomas surgirem, mas antes da possibilidade de um animal transmitir a ameaça a outro.
A maior epidemia de febre aftosa aconteceu em 2001, no Reino Unido, levando à morte de centenas de milhares de animais e à perda de bilhões de libras esterlinas antes de a doença ser controlada.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

PR: Doença animal terá notificação on-line


Curitiba - A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) quer ampliar o controle e prevenção de doenças que prejudicam os animais de produção no Paraná. Para isso, realizou ontem (26), na sede da Celepar em Curitiba, uma Webcast com a participação de médicos veterinários da iniciativa privada e de representantes das entidades ligadas ao agronegócio que têm vínculo com o serviço estadual de defesa sanitária animal. Anunciou também a implantação do sistema on-line - que começa a funcionar hoje em substituição às guias em papel- para notificação de enfermidades dos animais de produção, com um novo aplicativo do Sistema de Defesa Sanitária Animal.

Segundo a médica veterinária Maria do Carmo Pessôa Silva, responsável pela área de Epidemiologia na Secretaria, a informação precisa e oportuna é uma ferramenta poderosa para planejar programas sanitários e até mesmo, detectar a necessidade de mudanças nas estratégias dos referidos programas, de forma a atender as demandas da produção e dos novos mercados.

Pelo sistema on-line poderão ser comunicadas doenças de bovinos, suínos, aves, equinos, ovinos, caprinos, peixes, abelhas e até bicho da seda. Segundo Maria do Carmo, o maior número de registros de doenças acontecem em aves, suínos e bovinos, nesta ordem.

A veterinária prevê que as notificações poderão aumentar com o sistema on-line. Por outro lado, vai agilizar a investigação das doenças e sanar os problemas mais rapidamente. Além disso, ela avalia que haverá menos erros e mais qualidade nas informações prestadas. Só em março de 2011, a Seab recebeu 365 fichas de notificação de doenças em animais de produção e 265 em vegetais, sendo que 70% deu resultado negativo.

Andréa Bertoldi

sexta-feira, 15 de abril de 2011

UFRRJ: Projeto disponibiliza material didático de medicina veterinária on-line


14/04/2011

Projeto disponibiliza material didático de medicina veterinária on-line
Danielle Kiffer
 Jef Bettens/ Stock Photos
                    
                        Doenças parasitárias ainda causam grande
                                 perda à atividade pecuária
O Brasil possui uma das maiores populações de gado leiteiro e de corte do mundo. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o país é dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças de gado. Além disso, o Brasil é um dos países que mais exportam carne bovina, tendo entre seus principais concorrentes Austrália e Argentina. Mesmo assim, doenças parasitárias ainda causam grandes perdas econômicas à atividade pecuária brasileira. Para mudar esse cenário e  ampliar o conhecimento sobre as doenças que envolvem ecto e endoparasitas, o professor de Doenças Parasitárias da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Adivaldo Henrique da Fonseca, desenvolveu um material didático específico, que inclui um site e um catálogo com informações detalhadas sobre diagnóstico, tratamento e prevenção dessas enfermidades, para ser consultado por profissionais e estudantes de medicina veterinária e áreas afins.
site, que ficará hospedado no portal da UFRRJ (www.ufrrj.br/), disponibilizará textos e livros de domínio público, apostilas sobre os diversos parasitos e os vários tópicos que compõem o programa da disciplina Doenças Parasitárias. Nele, também poderão ser pesquisados artigos científicos, de extensão e anais de congressos de medicina veterinária. O trabalho, que faz parte do projeto “Produção e disponibilização de material didático multimídia referente às doenças parasitárias dos animais domésticos”, recebeu apoio do edital de Apoio à Produção de Material Didático, da FAPERJ. "Estamos produzindo um material de qualidade não apenas para suprir as necessidades acadêmicas dos estudantes como também para servir como fonte de consulta", diz.
Segundo explica Adivaldo, como a maior parte da literatura de medicina veterinária disponível é constituída por livros e textos produzidos na América do Norte e na Europa, onde os climas predominantes são o temperado e o frio, o material que o projeto está desenvolvendo tem foco voltado para o clima tropical, com ênfase na região do sudeste brasileiro. “É importante suprir necessidades acadêmicas dos estudantes com a produção de um material didático de qualidade, que explore as características específicas do clima brasileiro. E também pode ser uma fonte de consulta para atividades de educação continuada e trabalhos de campo”, justifica.
 Divulgação/UFRRJ
      

       No site, o pesquisador Adivaldo priorizará
           as doenças típicas do clima brasileiro 
De acordo com o pesquisador, o Brasil possui um dos maiores rebanhos bovinos do mundo, mas sua produção aproximada é de cerca de 1.200 quilos de leite por vaca ao ano. Na Europa, como afirma o pesquisador, este número chega a 4.300 quilos por vaca ao ano. “Isso acontece porque em regiões de clima tropical, as altas temperaturas e a umidade associadas ao manejo zootécnico deficiente, com o aumento do número de animais por hectare, favorecem a proliferação de ectoparasitas (que se instalam na parte externa do hospereiro, como carrapatos, pulgas e piolhos) e endoparasitas (localizados no interior do hospedeiro, como helmintos e hemoparasitos). “Os carrapatos são os que mais transmitem agentes patogênicos. O acelerado processo de urbanização e desmatamento, por exemplo, favorecem a proliferação destes parasitas”, explica.
Como afirma Adivaldo, os carrapatos são vetores da babesiose (Babesia bovis Babesia bigemina) e da anaplasmose (Anaplasma marginale), as enfermidades que mais atingem o rebanho bovino brasileiro. “Além disso, as helmintoses gastrintestinais, coccidioseses, bernes e bicheiras são responsáveis pela morbidade e mortalidade de animais ou pela diminuição da produtividade dos rebanhos.”
Some-se a isso a falta de informação correta. "Entre os fatores que acarretam a morbidade e a mortalidade de um percentual significativo dos animais está o manejo incorreto de pesticidas, que também podem colocar em risco as pessoas que os consomem, em decorrência de potenciais resíduos”, explica.
Além de procurar motivar o estudante de veterinária, o pesquisador também acredita que o site auxiliará os profissionais para o diagnóstico correto e contribuirá com subsídios para o tratamento adequado e a prevenção de doenças. "Com isso, queremos difundir informações para propiciar o bem-estar dos animais e melhorar as taxas de produtividade", diz. Segundo o pesquisador, o material está em fase final de preparo, mas algumas informações já estão disponibilizadas em seu próprio sitewww.adivaldofonseca.vet.br .


© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Práticas inadequadas de higiene contaminam leite de São Paulo

 Publicado por Andréa Ramos Stancioli Por Editor em 21/03/2011

Práticas inadequadas de higiene contaminam leite de São Paulo: Produção leiteira exige limpeza dos equipamentos e mão-de-obra qualificada

Créditos: Divulgação


Agrosoft

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Estudo realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba, verificou a qualidade do leite cru de três laticínios localizados nos municípios de Brotas, Pirassununga e Piracicaba, todos no Estado de São Paulo, e revelou que, ao menos, 70% do leite destas usinas estavam com elevada contaminação por coliformes totais e fecais.

Os índices de coliformes fecais funcionam como indicadores higiênico-sanitários, já que determinam se o produto sofre ou não contaminação por fezes de animais ou do homem. "Os coliformes significam uma poluição fecal, com potencial risco de doenças que atacam o sistema digestivo do consumidor", avalia o professor Ernani Porto, orientador do estudo.

Além da avaliação microbiológica do leite cru, também foi aplicado um questionário para verificar os procedimentos higiênicos-sanitários das fazendas. No estudo, foram avaliadas as 25 fazendas que abastecem cada laticínio, totalizando 75 propriedades.

De acordo com o estudo, das 75 fazendas, 77,3% apresentaram condições insatisfatórias de produção de leite, higienização de equipamentos e infraestrutura. Quanto à enumeração de coliformes totais, as amostras de leite apresentaram 86%, na usina A, 75%, na usina B, e 72%, na usina C, de contagens acima do nível de coliformes totais aceitável.

AMBIENTE DE ORDENHA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) lançou em 2002 a Instrução Normativa 51 (IN 51), que estabelece critérios para a produção, identidade e qualidade do leite.

Um dos principais objetivos da IN 51 é a refrigeração do leite a 4 graus centígrados (ºC), com o intuito de limitar o desenvolvimento de microorganismos. Porém esta prática deve vir juntamente com a higiene na ordenha, limpeza adequada dos equipamentos e mão de obra qualificada.

Para Tarsila Mendes de Camargo, pesquisadora que liderou o estudo, muitos fazendeiros conhecem e aplicam as medidas preconizadas na regulamentação sanitária do Ministério da Agricultura (IN 51), porém são displicentes na sua aplicação.

"Muitos fazendeiros lavam o úbere da vaca, mas ou não secam ou o fazem com com panos sujos, ao invés de toalhas descartáveis. Muitos, utilizam a ordenha mecânica e, depois, não a higienizam corretamente. Com isso, a higiene do local e do produto (leite cru) fica comprometida", relata Tarsila. Segundo a pesquisadora, "é no estábulo de ordenha que o leite recebe as maiores contaminações".

O estudo também indicou que algumas fazendas seguem as práticas da IN 51 e produzem um leite cru de alta qualidade. No entanto, embora o leite individual de alguns produtores tivesse contaminação muito baixa, o resultado final do conjunto de produtores é um leite insatisfatório. O mau produtor anula o trabalho do bom. "Quando este leite de alta qualidade chega nas usinas dos grandes laticínios, ele é misturado com o leite de outras fazendas que possuem um leite de baixa qualidade ou contaminado", afirma Porto.

O estudo também procurou identificar a bactéria Listeria monocytogenes, responsável por causar infecção severa no organismo e outras doenças, como meningite e encefalite. Contudo, a análise do leite das 75 fazendas não identificou a presença desta bactéria.

MAIS INFORMAÇÕES
Professor Ernani Porto

E-mail: eporto@esalq.usp.br

Pesquisadora Tarsila Mendes de Camargo

E-mail: tcamargo@esalq.usp.br

FONTE

Agência USP de Notícias

Marcelo Pellegrini - Jornalista
http://inovadefesa.ning.com/group/defesasanitrianacadeiadoleite/forum/topic/show?id=2874953%3ATopic%3A87154&xg_source=msg

sábado, 12 de março de 2011

Diarréia viral bovina: patogenia e diagnóstico – revisão da literatura



Diarréia viral bovina: patogenia e diagnóstico – revisão da literatura
Silva MVM, Nogueira JL, Junior VP, Fernandes RA

Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária 2011; 9 (16)

Bovine viral diarrhea virus (BVD) is considerate a most important pathogens of cattle. The BVD is a disease caused by a Pestivirus and transmitted by direct or indirect contact. The bovine has a variability in their clinical signs and may have fever, diarrhea, erosions of the oral cavity, reproductive failure, abortion and rapid death of the animal. The diagnosis is based on clinical and pathological signals. The overall knowledge about BVD infection in Brazil has grown considerably in the last years. The study about BVD, reporting the pathogenesis and diagnostic methods exist.
Text in Portuguese

http://www.revista.inf.br/veterinaria/revisao/RV02.pdf

quinta-feira, 3 de março de 2011

Satélites artificiais monitoram doenças do espaço



Satélites artificiais monitoram doenças do espaço
A técnica permite a compilação de mapas de risco de doenças, mediante a sobreposição da distribuição dos locais de maior infecção com a distribuição da população humana.
Hantavirose
O risco de epidemias mortais de hantavirose pode ser avaliado com meses de antecedência usando imagens captadas por satélites artificiais.
A comprovação, que veio por meio do monitoramento em surtos de crescimento na vegetação que induzem um aumento na população de ratos, foi feita por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.
Segundo eles, o método pode ser usado para prever surtos de doenças transmitidas por diversos tipos de roedores e doenças que eles transmitem em todo o mundo.
Doenças transmitidas por ratos
"É uma forma de controlar remotamente uma doença sem ter de sair e capturar animais o tempo todo," disse Denise Dearing, coautora do estudo publicado na revista Global Ecology and Biogeography.
"O satélite mede a intensidade do verde da Terra, e descobrimos que essa intensidade do verde prevê a densidade da população de ratos Peromyscus," explica a bióloga.
Embora o estudo tenha sido focado sobre o hantavírus transmitido pelos ratosPeromyscus, os resultados podem ajudar no combate a outras doenças transmitidas por roedores, como a febre do rato, a doença de Lyme, a peste bubônica, a febre de Lassa, a infecção por salmonela e várias febres hemorrágicas.
O método foi testado em ratos que carregam os hantavírus e se proliferam quando sua fonte de alimento é abundante, "mas pode potencialmente ser aplicado a qualquer animal que responda [ao crescimento da] vegetação," diz Dearing. "Ele teria que ser calibrado para cada uma das espécies específicas de roedores e da doença, mas é realmente poderoso."
Mapas de risco de doenças
O estudo combinou imagens de satélite com dados de milhares de ratos capturados ao longo de três anos na região central de Utah.
O número total de animais capturados e o número de ratos com a doença, uma cepa do hantavírus conhecido como "vírus sem nome" (Sin Nombre virus), ambos subiram após os picos de vegetação detectados pelos satélites.
A técnica permite a compilação de mapas de risco de doenças, mediante a sobreposição da distribuição dos locais de maior população de roedores com a distribuição da população humana.