Em nota divulgada nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde recomendou que a vacinação antirrábica animal seja mantida em todo o país. De acordo com o órgão, não há evidências de que "os eventos adversos" justifiquem a interrupção da campanha.
Segundo o órgão, em São Paulo e Guarulhos quatro e três animais, respectivamente, morreram depois de vacinados. Ontem, a Secretaria de Estado de Saúde recomendou a suspensão imediata da campanha de vacinação por tempo indeterminado.
O órgão disse que não tem certeza se a vacina é responsável pelas mortes, mas constatou após uma necropsia que pelo menos um caso de reação anafilática foi causado pela vacina. No entanto, informou que casos de reação anafilática após vacinação são normais, até mesmo em pacientes humanos.
De acordo com a secretaria-adjunta da Saúde, Clélia Aranda, as mortes também podem ter sido causadas por envenenamento ou outras doenças.
Na região metropolitana do Rio de Janeiro, dois casos de morte também foram registrados. Segundo o Ministério da Saúde, os números estão abaixo do relatado na literatura internacional sobre o assunto. Ainda de acordo com o órgão, o número de casos representa apenas 0,0029% dos 309,031 animais vacinados.
A morte dos animais pode estar associada ao organismo do animal (como hipersensibilidade a componentes da vacina, outras doenças e idade) e a condições de armazenamento e aplicação da vacina.
O Ministério da Saúde ressaltou ainda que a não vacinação dos animais representa um risco à população, já que, em humanos, a doença atinge uma taxa de letalidade próxima a 100%.
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