sexta-feira, 29 de junho de 2012

IV FÓRUM DAS COMISSÕES NACIONAL E REGIONAIS DE SAÚDE PÚBLICA DO SISTEMA CFMV/CRMVS


FÓRUM SAÚDE PÚBLICA: COMISSÕES REGIONAIS E NACIONAIS DEBATEM A ATUAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO NO NASF
Começou nesta quinta, 28 de junho, o IV Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Saúde Pública do Sistema CFMV/CRMV`s. O evento é organizado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e realizado no Conselho Regional de Medicina Veterinária  de Goiás (CRMV- GO), em Goiânia. O objetivo do evento  é debater , esclarecer e incentivar  a atuação e ações do Médico Veterinário no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).
O primeiro dia foi aberto com a palavra do presidente do CRMV-GO, Benedito Dias de Oliveira Filho. Ele ressaltou a relevância do Fórum como instrumento de estimulação de mudanças para área. “O CRMV-GO preocupa-se com esta área da profissão. Apoiamos a inciativa. Espero que possamos sair com resultados bastante ricos nas discussões”, disse.
 
Paulo César Augusto de Souza, presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do CFMV (CNSPV), apresentou o tema “Nasf – Do abstrato ao Concreto”. Ele contou em detalhes a trajetória do trabalho do CFMV para a inclusão do Médico Veterinário no Nasf e descreveu problemas e vitórias desse processo. “Acho indispensável a criação de uma identidade  e um único discurso para  fortalecer a presença do Médico Veterinário na saúde pública”, diz Souza.
 A segunda palestrante do dia foi a do técnico do Ministério da Saúde Olavo de Moura Fontoura (foto). Ele explicou as possibilidades de ofertas de trabalho que o Nasf pode oferecer ao Médico Veterinário. “A inclusão do profissional  no núcleo é apenas o começo de um longo caminho. Agora é necessário conquistar o espaço e se destacar como grande contribuinte para a saúde pública”, sugeriu Fontoura. 
 
Durante sua apresentação, ele enfatizou a importância de estratégias e organização de processos e técnicas de trabalho. “Antes de  desenvolver qualquer ação, é fundamental que o profissional, primeiramente, situe-se no território de sua atuação, sensibilize o gestor e demonstre ao Conselho Municipal de Saúde (CNS) a relevância de seu trabalho. Logo depois, ele deve elaborar  um projeto a ser entregue no CNS”, detalhou.
 
O IV Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Saúde Pública do Sistema CFMV/CRMV`s estende-se até amanhã, dia 29 de junho. Os principais pontos estão sendo publicados on line no twitter do CFMV.

FÓRUM SAÚDE PÚBLICA: COMO ATUAM OS MÉDICOS VETERINÁRIOS QUE JÁ ESTÃO NO NASF

Mostrar detalhes de sua experiência no Nasf. Esse foi o principal objetivo dos Médicos Veterinários que se apresentaram no primeiro dia do IV Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Saúde Pública do Sistema CFMV/CRMV`s. O evento é organizado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) nos dias 28 e 29 de junho na sede do Conselho Regional de Medicina Veterinária  de Goiás (CRMV- GO), em Goiânia.
Em Esteio, RS, Mateus Lange (foto) relatou que a ideia de formar a equipe surgiu dos próprios profissionais. Ele se reuniu com duas colegas, uma fonoaudióloga e outra psicóloga, e juntos montaram um projeto de criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) no município. Juntos, os profissionais sensibilizaram o secretário da saúde local sobre a importância de criar o Nasf para auxiliar os profissionais das Equipes da Saúde da Família e das Equipes de Atenção Básica.
“Ao ler os informativos do CFMV sobre a luta do conselho para a conquista no Nasf, vi uma oportunidade e motivei-me em contribuir para melhorar a atenção básica em saúde de Esteio. O município é pequeno e nem Nasf existia”, diz Lange. Ele conta que dividiu o trabalho nas seguintes etapas: elaboração do projeto; visita a outros municípios que já tinham o Nasf implantado para buscar a experiência; definição de métodos iniciais de trabalho; e apresentação de propostas às Equipes de Saúde da Família.
De outra forma, em Maracanaú, CE, a Médica Veterinária Heleara Cavalcante Felix, explicou que a iniciativa de contratar um Médico Veterinário para o Nasf partiu dos órgãos locais. “Foi feita uma seleção criteriosa. Escolheram dois Médicos Veterinários para o Nasf do município. Analisaram suas experiências profissionais em saúde publica. Fui selecionada por minha especialização na área” disse. Existe a perspectiva de contratação de mais quatro Médicos Veterinários.
Ela esclarece que tem metas.  “A minha atuação é analisada de acordo com os indicadores de cada área. São levados em consideração os casos de dengue, de leishmaniose humana; casos de agressões de animais a humanos, entre outros”, complementa.
Conclusões - Para Heleara e Lange o maior desafio tem sido esclarecer a participação do Médico Veterinário no processo. Na opinião de Lange, antes de iniciar as propostas, é necessário, ter conhecimento profundo sobre o assunto, desenvolver habilidades e ter atitude. ”Vamos sair da zona de conforto e ir à luta. Utilizei de argumentos técnicos para convencer os gestores”, sugere.
Ao final do dia, os 55 participantes de 18 estados presentes apresentaram a situação da Medicina Veterinária na Saúde Pública regional e as ações já desenvolvidas  por cada estado para inserção do profissional nesta questão.  Amanhã, sexta, dia 29, será dedicado a trabalhos em grupo. O evento encerrará com a confecção de um relatório final.

FONTE: Assessoria de Comunicação CFMV


http://veterinariaesaudepublica.blogspot.com.br/2012/06/iv-forum-das-comissoes-nacional-e.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+MedicinaVeterinriaESadePblica+(Medicina+Veterin%C3%A1ria+e+Sa%C3%BAde+P%C3%BAblica)

Plano para eliminar os "lixões" não decola


Acabar com os "lixões" no País até 2014 é o objetivo do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovado em 2010, mas, na prática, os avanços são poucos. Para receber recursos, as prefeituras devem aprovar planos municipais de saneamento ambiental - água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos - até agosto deste ano.

Entre os entraves para a elaboração dos projetos está o fato de as prefeituras não serem obrigadas a enviar os planos para o governo federal, apesar de haver condicionante para liberação de recursos para o setor a partir de 2014. Além disso, os especialistas lembram que não há modelo único para apresentação do planejamento e defendem que eles sejam aprovados pelas Câmaras municipais e se tornem lei, impedindo que sejam interrompidos por sucessores.

O presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no estado de São Paulo (Selur), Ariovaldo Caodaglio, lembra que o plano nacional induz ações das prefeituras, mas não estabelece modelo. "Cada município deve definir seu projeto a partir da realidade local", diz.

Para o presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), Clóvis Benvenuto, a maior parte das prefeituras vai precisar de apoio do governo federal para executar seus planos. Benvenuto afirma que a população deve começar a pagar pelo serviço de coleta dos resíduos sólidos nos próximos anos. "Defendemos a alternativa mais barata que é o aterro sanitário", disse, descartando alternativas que preveem, por exemplo, a geração de energia a partir dos resíduos.

Já o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), Diógenes Del Bel, lembra que a falta de definição do formato dos planos municipais deve criar situações diferentes. "Algumas cidades podem criar por medidas, leis ou decretos. O importante é que serão decisivos para liberação de recursos da União", diz o empresário.

Del Bel considera que o prazo para fim dos "lixões" já está "apertado", mas reforça que o plano assinado em 2010 já tinha diretrizes previstas na Política Nacional de Meio Ambiente de 1981. "É possível atingir essa meta, mas precisa entrar na prioridade dos governos e contar com a ajuda da iniciativa privada por meio de concessões e parcerias público-privadas", diz.

Os resíduos ainda recebem poucos investimentos do governo federal. De 2002 até o fim de maio de 2012, foram R$ 117,5 milhões, ou 1% dos R$ 18,5 bilhões destinados pela Caixa Econômica Federal para financiamentos no setor de saneamento ambiental. Do montante contratado no período, 42% (R$ 8 bilhões) foram destinados para esgoto, 27% (R$ 4,9 bilhões) para água, 21% (R$ 3,8 bilhões) para drenagem, 4% (R$ 691 milhões) para projetos de reurbanização em áreas de favela e 5% (R$ 900 milhões) para desenvolvimento institucional e projetos de pesquisa.

O diretor-executivo de saneamento e infraestrutura da Caixa, Rogério Tavares, revela que a carteira de financiamentos para projetos de resíduos sólidos já atingiu R$ 1 bilhão em contratos com dez municípios, dos quais cerca de R$ 400 milhões são de projeto que deve ser assinado com o Rio e três municípios no entorno da capital fluminense.

Segundo ele, os pedidos das concessionárias do setor começaram a aumentar no ano passado, depois da aprovação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. "Queremos apoiar o consórcio de municípios para adotar soluções integradas que viabilizem os aterros em pequenas cidades", afirma Tavares.
(Valor Econômico)

Produtor rural que contraiu raiva humana morre em Rio Casca-MG


O homem foi atacado por um morcego procurou atendimento somente 49 dias depois do ataque. O produtor morreu em Belo Horizonte

Publicação: 29/06/2012 10:58 Atualização: 29/06/2012 11:42
Um produtor rural de 32 anos morreu na quinta-feira depois de contrair raiva humana em Rio Casca, na Zona da Mata de Minas Gerais. Desde 2005, o estado não registrava um caso da doença, o último havia acontecido no município de Prados, região central. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o homem foi atacado por um morcego e os sintomas começaram a aparecer em 10 de junho de 2012, quando ele procurou um médico. O ataque correu 49 dias antes e o paciente não procurou atendimento. Ele chegou ao hospital com um corte na mão e suspeita de tétano.

Com o agravamento dos sintomas, o paciente procurou novo atendimento Hospital Arnaldo Gavazza, em Ponte Nova, na Zona da Mata. Somente nessa ocasião, esposa dele relatou o ataque pelo morcego. A SES registrou em 19 de junho a notificação da suspeita de raiva humana. Nesse mesmo dia, o produtor rural foi transferido para o Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, onde passou por tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI),mas morreu na noite de ontem. Análises da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Instituto Pasteur (SP) comprovaram a contaminação por raiva humana. Os exames identificaram o vírus de morcego hematófago, causador da doença.

A raiva é viral e transmitida por mamíferos como furões, raposas, coiotes, guaxinins, gambás e morcegos. Os vírus mata quase 100% das pessoas contaminadas. O micro-organismo ataca o sistema nervoso central, portanto a doença pode ter sintomas como confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações, espasmos, salivação excessiva e e evoluir para paralisia em membros. Em Minas Gerais, casos isolados da doença em humanos têm ocorrido de forma ocasional.

Segundo a SES, a ocorrência desses casos mostra que ainda há o risco do aparecimento de novas contaminações em Minas e que somente através das ações desenvolvidas em conjunto pelo poder público e pela população será possível a proteção efetiva contra essa grave doença. 

Prevenção e combate 

Entre as principais medidas para prevenir a raiva humana está a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal, que tem controlado a doença transmitida por cães e gatos. Porém, considerando que a raiva pode ser transmitida por outros mamíferos, é fundamental a intensa vigilância e controle no contato de humanos com esses bichos. A SES alerta que a participação da população é fundamental, com a adesão às campanhas de vacinação antirrábica animal e à procura de atendimento médico em caso de ataques. O tratamento está disponível nas unidades de saúde de todo o estado.

Medidas tomadas em Rio Casca

No dia da notificação sobre a doença do produtor rural, a Superintendência Regional de Saúde de Ponte Nova visitou o local do ataque, orientou os profissionais de saúde da região e vacinou cães e gatos num raio de 12 quilômetros. A Secretaria de Agricultura foi acionada para atuar na área com o controle de abrigos de morcegos hematófagos, além da orientar os produtores rurais.

Consciência ambiental é uma obrigação, diz pecuarista premiado por práticas sustentáveis

Segundo José Luiz Niemeyer dos Santos, da Fazenda Terra Boa, preservação do meio ambiente é essencial para a continuidade do setor produtivo
A preservação ambiental deve ser uma das bases do setor produtivo brasileiro, na opinião do produtor José Luiz Niemeyer dos Santos, primeiro pecuarista brasileiro a receber a certificação ISO 14001. Proprietário da Fazenda Terra Boa, premiada pela realização de práticas sustentáveis, ele disse, em entrevista ao Jornal da Pecuária, do Canal Rural, que a preocupação com o meio ambiente é uma obrigação.
– Sempre tivemos essa mentalidade na fazenda. Em 1958, quando ainda nem se falava em sustentabilidade, a Terra Boa foi campeã de conservação do solo. Nos últimos anos, demos um aspecto mais formal a isso e o pessoal da fazenda também já desenvolveu essa consciência – relata.
Confira a reportagem:

FAO and OIE unveil global strategy for control of foot-and-mouth disease




Ultimate objective is to achieve FMD-free status

Photo: ©FAO/Ishara Kodikara
FAO and OIE are working closely with countries to better control FMD.

27 June 2012, Bangkok - FAO and the World Organisation for Animal Health (OIE) are joining forces to combat foot-and-mouth disease (FMD) on a global scale, laying out a detailed strategy today to bring the devastating livestock disease under control.



The two organizations underlined, however, that only solid commitments from global partners will make the strategy possible, as they opened an international meeting in Bangkok supported by the Thai Ministry of Agriculture and Cooperatives.



Chairing the opening session of the FAO/OIE global conference in Bangkok today, Thai deputy prime minister Chumpol Silpa-archa, said:  "Thailand is working for the further accomplishment of FMD freedom by 2015 in an eastern region pilot zone of the country as well as at ASEAN regional level by 2020."



FAO is emphasizing the need for collective action to better control FMD where it is a high burden to millions of farmers, pastoralists and commercial operators.



"Recent FMD outbreaks around the globe demonstrate that animal diseases have no boundaries, can have a devastating impact and require a global response," said Hiroyuki Konuma, the FAO regional representative for Asia and the Pacific.



Foot-and-mouth disease is not a direct threat to human health. However, lost trade opportunities for affected countries are a global economic burden and a hindrance on human development.



Most importantly, for the poorest farmers who often depend on just a few animals, foot-and-mouth disease means hunger and economic ruin when it strikes and cuts off people's only source of income and protein.



More than 100 countries are attending the FAO/OIE meeting in Bangkok.

Global Strategy



"One main objective of the Global Strategy is to allow FMD control worldwide through the strengthening of veterinary services responsible for animal disease control," explained Bernard Vallat, OIE Director General.



"Positive effects of the strategy will extend far beyond the control of FMD because it represents an opportunity to initiate long-term actions which will enhance veterinary services' capacity to fight other high-impact diseases of livestock. At the regional level the South-East Asia and China FMD campaign (SEACFMD) programme managed by OIE/Bangkok is considered as a very efficient model," he added.



"The successful eradication of rinderpest, a joint effort by scientists, governments, donors, veterinarians and farmers, clearly shows that we can reduce and even eliminate the threat of major diseases," Juan Lubroth, FAO's chief veterinary officer. 



"We could apply lessons learned and appropriate approaches when it comes to foot-and-mouth disease: better surveillance, coordination and control to reduce FMD outbreaks and finally eliminate the virus, to safeguard food security, animal health and human health," he said.



The Global Strategy combines two tools developed by FAO and the OIE. The OIE tool, called the Performance of Veterinary Services Pathway (PVS), evaluates national veterinary services with the aim of bringing them into compliance with OIE quality standards. Reliable veterinary services ensure the quality and safety of livestock production. In turn, strong veterinary systems protect the safety of food sources, trade and animal health, and as such, are a global public good.



FAO developed the Progressive Control Pathway for Foot-and-Mouth Disease, the PCP-FMD, which guides countries through a series of incremental steps to better manage FMD risks, beginning with active surveillance to establish what types of FMD virus strains are circulating in the country and neighbouring areas.



The process moves countries continuously towards improved levels of FMD control and thus an eventual opening to trade and international markets. A key pillar of the PCP-FMD involves coordinating efforts with countries in the same region in order to control the disease systematically across porous national boundaries.



The aim of the FMD Global Strategy is to decrease the impact of FMD worldwide by reducing the number of disease outbreaks in infected countries until they ultimately attain FMD-free status, as well as by maintaining the official FMD-free status of countries that are already free.



With many countries in the earliest stages of FMD control, the PCP-FMD benchmarks progress with the aim of eventually applying to the OIE for official recognition of their national control programmes and of their FMD-free status, with or without vaccination.



The FMD Global Strategy has been prepared by FAO and OIE under the umbrella of their Global Framework for the Progressive Control of Transboundary Animal Diseases (GF-TADs), in consultation with selected experts, countries and donors, as well as with regional and international organizations. Particular emphasis is put on regions of the world where the disease is endemic, including most of sub-Saharan Africa, the Middle East, and Asia.



The strategy contributes considerably to poverty reduction by increasing trade opportunities and contributing to and protecting the daily incomes of the 1 billion poor farmers worldwide who depend on livestock.

Losses in the billions



While FMD is seldom fatal, the disease can cause high mortality in newborn and young animals, weight loss, reduced milk yields and lower fertility. The global annual cost of FMD in terms of production losses and the need for prevention by vaccination has been estimated to be approximately $5 billion.



In a severe event in 2001 in the United Kingdom, the direct and indirect impacts are estimated to have cost as much as $30 billion.



Earlier outbreaks had similar tolls: in the Chinese province of Taiwan in 1997, a major epidemic cost the economy $15 billion, while Italy in 1993 suffered economic damages of $130 million.


http://www.fao.org/news/story/en/item/150417/icode/

Sialolitiasis en burros


G. Kay

Société Protectrice des Animaux et de la Nature du Maroc, Temara, Morocco.
Traducido por: I. Revah, International Veterinary Information Service, Ithaca NY, USA. (25-Jun-2012).

Introducción

La formación de sialolitos se considera un problema poco común en el caballo [1] y, sin embargo es, en nuestra experiencia, un problema bastante común que se presenta en los burros que viven en ambientes áridos. En los últimos tres años, hemos recibido a 20 équidos con sialolitos en las clínicas SPANA (Sociedad para la Protección de los Animales en el Extranjero) de Marruecos. De ellos, más del 75% eran burros.
En relación con el desglose de las especies en el conjunto de nuestra población de pacientes, los burros están considerablemente más representados, y los caballos ligeramente menos representados. El desglose de las especies de 12.500 pacientes ambulatorios en 2003 fue la siguiente:
  • Burros - 24%
  • Caballos - 30%
  • Mulas - 46%
El gran número de asnos que vemos con sialolitos parece indicar que el burro está predispuesto a la formación de sialolito en comparación con otras especies equinas o híbridos. Si esto refleja una diferencia en la estructura anatómica del conducto, una diferencia en la composición de la saliva o la cantidad o simplemente una diferencia en el régimen alimentario es una cuestión que merece mayor investigación.
Los équidos tienen glándulas parótidas pares, glándulas mandibulares y glándulas salivales sublinguales polistomatica. A diferencia de otras especies, sólo se ha informado de sialolitiasis en équidos en el conducto parotídeo, por lo general en su parte más rostral, justo antes de abrirse en el vestíbulo frente tercer molar superior (Triadan 108 o 208) (Nota del traductor: El sistema numérico de Triadan es un sistema de tres dígitos que asigna un único número a cada diente). En los seres humanos, sialolitos se encuentran con mayor frecuencia en las glándulas submandibular y parótida y con menor frecuencia en sus conductos asociados. Se desconoce porque la sialolitiasis se limita al conducto parotídeo en équidos.
El diagnóstico de sialolitos se hace en la presentación clínica y a la palpación. Los sialolitos son protuberancias duras y lisas, móviles e indoloras que son fácilmente reconocidas a la palpación a nivel de la arcada superior adyacente al tercer o cuarto molar (Fig. 1). Posible diagnóstico diferencial para descartar podría ser abscesos dentales o tumores bucales.
Figura 1. Aspecto clínico de un burro que presenta una sialolito. Para ver oprima la figura

Etiopatogénesis

Sialolitiasis causa la obstrucción del conducto salival, disfunción de las glándulas salivales y la ulceración de la mucosa oral, lo que a su vez provoca un cierto grado de incomodidad, disfagia y una posible atrofia de la glándula. Los caballos secretan grandes cantidades de saliva en comparación con otros herbívoros con un caballo de 500 kg produciendo un promedio de 12 litros al día con volúmenes aún mayores produce cuando se alimentan con alimento seco o grano [2]. Estos grandes volúmenes de saliva tienen un importante papel lubricante, previniendo la obstrucción del esófago y proporcionando una función de amortiguamiento (buffer) con su alto contenido de bicarbonato (aprox. 50 mEq / l) [3]. La obstrucción del conducto salival puede poner a los équidos en riesgo de sufrir trastornos digestivos.
La causa exacta de la formación de sialolitos es desconocida. Se cree que alguna materia orgánica se atora en el conducto y forma un nido alrededor de los cuales las sales de calcio (principalmente carbonatos) son entonces depositadas. Esto resulta en una piedra que puede crecer en tamaño hasta más de 10 cm de longitud, compuesta principalmente de carbonato de calcio depositado en capas concéntricas visibles (Fig. 2).
Figura 2. Sialolito removido de un burro. Para ver oprima la figura
Se considera que el nido orgánico es de materia vegetal que entró a través de la boca o los restos celulares de la inflamación localizada con la participación de bacterias. Sin embargo, es difícil de explicar completamente la génesis de sialolitos a partir de tales perturbaciones secretoras menores, especialmente porque existe la sialolitiasis bilateral. Esto tendría que presuponer la formación coincidental de un nido bilateral con cronicidad similar. Se ha propuesto la posible presencia de un sistema de esfínter en el conducto parotídeo en humanos como una posible causa de sialolitiasis en humanos, sin embargo, el examen histológico en serie hasta el momento no ha revelado ninguna evidencia de ello [4]. De manera más convincente, la investigación en medicina humana ha demostrado diferencias significativas en la composición de la saliva entre los grupos afectados y el grupo control, sobre todo en lo que se refiere al calcio salival, que estaba más elevado en el grupo afectado, y la concentración de fitato salival, que estaba reducido en el grupo afectado. Estos investigadores concluyeron que un déficit de inhibidores de la cristalización como el myo-inositol hexafosfatol (fitato) podría ser un importante factor etiológico en la génesis de sialolitos [5].
Los altos niveles de calcio en la saliva también pueden ser el resultado de patología renal u otras causas de hipercalcemia, cáncer, hiperparatiroidismo primario (muy poco frecuente en equinos), hipervitaminosis D y enfermedades granulomatosas como la tuberculosis. Los caballos tienen niveles ligeramente más altos de concentración de calcio en sangre que el resto de las especies domésticas, con niveles de hasta 13 mg / dl siendo normales. Se desconoce si este es el caso en burros. Las concentraciones de calcio en suero de <15 mg / dl posiblemente podrían aumentar los niveles salivares de calcio al punto donde se podría favorecer la formación de sialolitos sin que otros signos clínicos sean evidentes. Los niveles séricos de calcio de > 18 mg / dl se asocian con signos clínicos severos como la poliuria / polidipsia. Ninguno de los équidos presentados en las clínicas de SPANA con sialolitiasis, mostró ninguna otra anormalidad clínica aparte de la presencia del sialolito. Más investigación para medir la composición salival en el grupo de los equinos afectados con sialolitiasis y el grupo control sería benéfica, sobre todo para investigar posibles diferencias entre los caballos y los burros.
No parece haber ninguna predisposición de género a la formación de sialolitos. Los animales parecen ser vulnerables a la formación de sialolitos en un amplio rango de edades, y a pesar de los informes de que la sialolitiasis es una enfermedad de animales de mayor edad [6] muchos de los animales que vemos con sialolitos son menores de 8 años de edad.
El aumento de la vulnerabilidad a la formación de sialolitos al medida que aumenta la aridez del medio ambiente, es impresionante, con una buena correlación con la latitud. La clínica SPANA que se encuentra más al norte esta en Tánger, donde una alta incidencia de lluvias garantiza un suministro de alimento verde para los équidos durante todo el año. Durante los últimos tres años no se ha informado de casos de sialolitiasis en Tánger. Por el contrario, la clínica SPANA más al sur en el borde del Sahara, informó de 9 casos en un plazo de tiempo similar. Los regímenes de alimentación de los équidos en esta área varían según la temporada, pero la dieta está basada en paja complementada con salvado, melaza y cebada. Los burros, quienes se encuentran en la parte mas baja de la jerarquía equina en términos de utilidad al dueño, se alimentan en esta área casi exclusivamente con paja. Parece lógico concluir que la alimentación tiene algo que ver con la formación de sialolitos, a pesar de la existencia de sialolitos bilaterales lo cual hace que sea poco probable que esta sea la única etiología.

Tratamiento

El tratamiento de la sialolitiasis en los équidos tradicionalmente se ha restringido a la extirpación quirúrgica a través de un enfoque transcutáneo [7] ], pero este método puede causar complicaciones si esto resulta en el cierre del conducto y la formación de una fístula. En nuestra experiencia, esta es una secuela común a un abordaje quirúrgico transcutáneo. Además, la rama dorsal bucal del nervio facial se encuentra justo dorsalmente a la zona quirúrgica y hay un real riesgo de daño involuntario al nervio con este tipo de cirugía. En la sialolitiasis humana, una sialoendoscopía con un enfoque transoral es aceptada como el tratamiento de elección para la mayoría de sialolitos seguidos en algunos casos por marsupialización de los márgenes recortados de los conductos hacia los márgenes de la mucosa [8]. Un abordaje transoral para la eliminación de sialolitos es recomendado en los équidos [6] y ha resultado, en nuestra experiencia, libre de complicaciones. El procedimiento es simple y consiste en una incisión lineal de la mucosa de dos a tres cm por encima del sitio del sialolito (Fig. 3). La inyección previa de algunos mililitros de lidocaína y el uso de un abrebocas completo tipo Hausmann facilita este procedimiento. Se permite la cicatrización de la incisión por segunda intención. No hemos encontrado ningún requisito para sedar al animal. La alta incidencia de fístulas e infecciones que ocurren si se emplea el método transcutáneo para la extracción, respaldan aún más las recomendaciones recientes para usar la vía transoral.
Figura 3. La remoción de un sialolito de un caballo. Para ver oprima la figura
Muchos de los sialolitos tratados por SPANA habían sido observados por el propietario solamente durante un período de meses. Esta es una prueba de su evolución relativamente rápida. Es de destacar que ninguno de los casos que hemos visto, ha registrado una cronicidad de más de un año. Esto es algo sorprendente ya que muy pocas condiciones son presentadas dentro de un plazo razonable al veterinario en Marruecos. Incluso un trauma grave o enfermedad a menudo se deja llegar a una etapa avanzada antes de que el propietario busque ayuda. Esto plantea la pregunta de qué sucedería si los sialolitos son simplemente tratados con una negligencia benigna, van a erosionar espontáneamente a través de la mucosa bucal y salir solos? 
La mayoría de los casos se presentan con ulceración de la mucosa en el sitio del sialolito. Algunos sialolitos han mostrado marcas molares en la piedra una vez extirpados y un caso fue presentado al punto de que el sialolito saliera espontáneamente. Una explicación posible sobre la ausencia de casos de sialolitos que datan de más de 12 meses es que tienen una tendencia a resolverse espontáneamente una vez que alcanzan un cierto tamaño. Su extracción a través de la mucosa oral puede simplemente ser una aceleración de lo que en muchos casos habría podido ser su resolución natural.

Bibliografía
  • 1. Bowman KF. Salivary Gland Disease. In: Robinson NE (ed.) Current Therapy in Equine Medicine. Philadelphia: WB Saunders Co, 1987; 8.
  • 2. Kohnke J, Kelleber F, Trevor-jones P. Feeding horses in Australia - A Guide for Horse Owners and Managers. Rural Industries Research and Development Corporation (RIRDC) 1999.
  • 3. Frape D. Equine nutrition and feeding, 2nd ed. Blackwell 1999; 4. - Available from amazon.com - 
  • 4. Teymoortash A, Ramaswamy A, Werner JA. Is there evidence of a sphincter system in Whartons duct? Etiological factors related to sialolith formation. J Oral Sci 2003; 45(4): 233-5. - PubMed - 
  • 5. Grases F, Santiago C, Simonet BM et al. Sialolithiasis, mechanism of calculi formation and etiologic factors. Clin Chima Acta 2003; 334(1-2):131-136.  - PubMed - 
  • 6. Rakestraw PC. Pathology of the salivary glands and esophagus. In: Proc 8th Cong Eq Med and Surg, Chuit P and Montavon S (Eds).Available from www.ivis.org
  • 7. Bouayad H, Ouragh L, Johnson DW et al. Sialoliths in the horse. Equine Pract 1991; 13(9): 25-27.
  • 8. Zenk J, Constantinidis J, Al-Kadah B et al. Transoral removal of submandibular stones. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 2001; 127:432-436.  - PubMed - 
  • 9. Misk NA, Nigam JM. Sialolith in a donkey. Equine Pract 1984; 4(6): 49-50.
  • 10. Lozano Blasco J, Lopez Segura N, Bonet Alcaina M, et al. Spontaneous passage of a submandibular salivary stone. Ann Pediatr (Barc)2003; 59(4):393-395.  - PubMed - 
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Estudo com genomas de ovinos pode auxiliar o Brasil no controle da scrapie






Pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são os responsáveis pelo maior estudo genético já realizado com ovinos no Brasil. Foram avaliados genomas de 1.400 ovinos de 13 raças, incluindo localmente adaptadas (naturalizadas) e importadas, com o objetivo de detectar a suscetibilidade à scrapie, uma doença neurodegenerativa fatal que ataca o sistema nervoso de ruminantes, sendo mais comum em ovinos. O estudo deu origem a um artigo publicado esta semana na revista europeia Research in Veterinary Science e pode ser acessado neste link



A scrapie pertence ao grupo de encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET), assim como a doença que ficou mundialmente conhecida como "mal da vaca louca". Ambas atuam no sistema nervoso central dos animais e levam à morte. As encefalopatias espongiformes transmissíveis não podem ser tratadas e nem prevenidas com vacina porque são causadas por uma mutação em partículas de proteínas normais dos animais, chamadas príons. Quando modificadas, essas partículas se tornam patogênicas, levando à morte de neurônios e a doenças degenerativas do sistema nervoso central.



De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a scrapie foi detectada, pela primeira vez, no Brasil em 1985 em ovinos importados do Reino Unido. Em 2001, novos casos da doença ocorreram em ovinos importados dos Estados Unidos. O MAPA intensificou a adoção de medidas sanitárias para conter a disseminação da doença no rebanho nacional. Entre essas medidas, destacam-se a decisão de tornar a scrapie uma enfermidade de notificação obrigatória e a criação de um programa sanitário específico, adequado à realidade do país, que está em fase de elaboração.



Informações genéticas podem subsidiar o desenvolvimento de políticas nacionais para prevenir surtos da doença no Brasil



O estudo desenvolvido pelos cientistas da Embrapa e da UFRGS pode ser determinante para a elaboração desse programa, já que permite mapear os diferentes níveis de suscetibilidade dos animais à scrapie ao longo das principais regiões do país. Segundo os pesquisadoresSamuel Rezende Paiva e Alexandre Rodrigues Caetano, que participaram do estudo, os ovinos podem ser classificados em altamente suscetíveis, suscetíveis ou resistentes ao desenvolvimento de doença, dependendo da combinação genética.



A proteína príon, cuja mutação, é responsável pela scrapie, é codificada por um gene chamado de PRNP e as mutações específicas desse gene estão fortemente associadas à resistência e susceptibilidade dos ovinos.



A análise dos genes realizada pela Embrapa e pela UFRGS mostrou que o grau de suscetibilidade dos animais está relacionado à combinação genética dos códons 136, 154 e 171 do gene PRNP. Ou seja, assim como uma língua é constituída basicamente por um dicionário de palavras, o código genético é constituído por códons. Entender as combinações entre os códons é o que permite aos cientistas decifrarem o código genético, assim como nós precisamos compreender as palavras para entender o significado de uma mensagem.



Além de eficiente, o método de genotipagem utilizado foi adaptado pelos pesquisadores para ser mais rápido e econômico que os convencionais. "Nós adaptamos um método rápido e robusto capaz de reduzir os custos de genotipagem em até 70%, pela redução na concentração de reagentes nas três etapas principais do ensaio (purificação ampliação, extensão de base e de limpeza final)", explica o pesquisador Alexandre Caetano. Essa redução de custos pode contribuir para o desenvolvimento de processos de genotipagem em países onde os custos de ensaio são um importante fator limitante.



Segundo Paiva, a eficiência e a economia possibilitadas pelo método facilitam a sua incorporação aos programas de conservação e melhoramento genético de ovinos no Brasil. "Nossos resultados fornecem informações sobre suscetibilidade de 13 raças ovinas à scrapie em diferentes regiões produtoras no Brasil e pode subsidiar o desenvolvimento de políticas nacionais para prevenir surtos da doença", ressalta.



Ele explica que menos de 4% dos animais analisados eram portadores dos genótipos para alta suscetibilidade à doença e pertenciam a cinco das 13 raças analisadas, incluindo três naturalizadas no Brasil, Morada Nova, Santa Inês e Rabo Largo, e duas recém-importadas: Dorper (África do Sul) e Damara (Austrália, África do Sul e outros países africanos). Por isso, além de ter que investir em políticas públicas para conter a disseminação da doença dentro do país, o Brasil precisa também fortalecer o controle/ monitoramento na importação de material genético.



Por outro lado, o estudo apontou também que, pelo menos, 40% dos animais analisados possuem genótipos de resistência à doença representando todas as raças analisadas. Isso reforça duas conclusões: a primeira é que o rebanho nacional pode responder rapidamente a um programa de seleção, caso seja necessário, e a outra indica que algumas raças localmente adaptadas podem ser usadas em programas de melhoramento genético para cruzamento com outras raças que apresentem níveis mais altos de suscetibilidade. "Ou seja, se o nosso estudo pode apoiar uma política nacional para a prevenção de scrapie, pode também servir como base para a elaboração de políticas de apoio à exportação de carne de rebanhos de ovinos brasileiros", finalizam os pesquisadores.



FONTE



Fernanda Diniz - Jornalista
Telefones: (61) 3448-4769 e 3340-3672

TED – funcionamento de analgésicos não esteroidais


O TED é um site de uma organização sem finalidade lucrativa que faz um trabalho excepcional com educação, divulgando diversos trabalhos inovadores em todas as áreas de conhecimento humano. E de quebra, produz tambem material educativo de alto nível.
Neste vídeo em particular, eles discorrem sobre o funcionamento dos analgésicos não esteroidais e um pouco da fisiologia da dor, ate mesmo dando explicações básicas sobre dor neuropática. Vale ser assistido por todos!




http://vetvideos.wordpress.com/2012/06/26/ted-funcionamento-de-analgesicos-nao-esteroidais/

Câmara aprova permissão para medicamento genérico veterinário


Renato Araújo
MP 349/2001, Voto Aberto - presidente Marco Maia
Plenário aprovou texto que também exige preferência para genérico veterinário em compra governamental.
O Plenário aprovou nesta terça-feira (26) o Projeto de Lei 1089/03, que permite o uso de medicamentos genéricos na medicina veterinária e estabelece preferência para eles nas compras governamentais. O texto aprovado é o substitutivo do Senado, que será enviado para sanção da Presidência da República.
Esse texto define o que é produto veterinário, medicamentos de referência, medicamentos similares e genéricos. Estes últimos podem diferir apenas quanto a tamanho, formato e prazo de validade, por exemplo, mas devem ter a mesma eficiência comprovada (bioequivalência).
Para ser registrado no Ministério da Agricultura, o genérico veterinário deverá comprovar bioequivalência em relação ao medicamento de referência e atender a requisitos de taxa de excreção, resíduos e período de carência se usado em animais de consumo.
Caberá ao próprio ministério a análise do genérico para confirmação de sua bioequivalência por meio da coleta de amostras.
O projeto altera o Decreto-Lei 467/69, que trata da fiscalização de produtos de uso veterinário. Segundo o texto aprovado, as penas e multas por descumprimento das regras desse decreto serão as da Lei 6.437/77. Essa lei trata de infrações à legislação sanitária e prevê punição mais rígida.
Compras do governo
Nas compras de medicamentos de uso veterinário pelo poder público, o projeto prevê o uso obrigatório das denominações comuns brasileiras (DCB) ou internacionais (DCI). Se o preço for igual, a preferência será para o genérico.

Com o objetivo de incentivar o uso dos genéricos de uso veterinário, o projeto autoriza o governo federal a adotar medidas especiais relacionadas ao registro, à fabricação, ao regime econômico-fiscal e à distribuição.
Um regulamento estabelecerá regras para o registro, o controle de qualidade e as provas de biodisponibilidade, bioequivalência, equivalência terapêutica, taxa de excreção e determinação de resíduos dos genéricos.
Programas de apoio
Segundo a proposta, o Ministério da Agricultura deverá promover programas de apoio ao desenvolvimento técnico-científico de melhorias da qualidade dos produtos de uso veterinário.

Beto Oliveira
César Halum
César Halum: genéricos poderão gerar queda no preço de produtos de origem animal.
Economia
Para o deputado Arthur Lira (PP-AL) – filho do autor do projeto, ex-deputado Benedito de Lira –, a aprovação da matéria trará grande economia com o uso dos medicamentos genéricos.

O deputado João Ananias (PCdoB-CE) também defendeu a aprovação da proposta. "Podemos fazer a analogia dos genéricos para humanos, a economia que trouxe, e a importância de ferir os monopólios", disse.
Para o deputado César Halum (PSD-TO), os medicamentos genéricos poderão provocar queda dos preços dos produtos de origem animal. "O Brasil melhora a sua competitividade ao diminuir o preço dos produtos animais no mercado internacional. Também será possível reduzir o preço para o consumidor brasileiro", disse o deputado, que é veterinário e foi um dos autores do pedido para que o projeto fosse votado em Plenário.
Halum destacou, ainda, a importância de obrigar o governo a dar preferência para esses produtos nas compras públicas. "O governo compra muito, e isso cria confiança na população. No começo dos genéricos humanos, muita gente temia que eles fossem um produto inferior, e isso vai ajudar a quebrar essa barreira", disse.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Eduardo Piovesan e Carol Siqueira 
Edição – Pierre Triboli

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RS: Edital para concurso é previsto para julho



A Secretaria da Agricultura lançará, em julho, o edital para concurso para preenchimento de 705 cargos, sendo 505 fiscais estaduais agropecuários e 200 técnicos superiores agropecuários e florestais. O processo seletivo será possível a partir da sanção, nesta semana, da lei 14.021 que cria as categorias de fiscal estadual agropecuário e técnico superior agropecuário e florestal no quadro de funcionários. Segundo o texto, os ocupantes dos cargos de veterinários, agrônomo e engenheiro florestal poderão optar, em 90 dias, pelas novas categorias. O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, explica que a alteração será somente de nomenclatura.

Mapa criará Comitê Estratégico do Agronegócio


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) implementará uma nova instância para a discussão da política agrícola brasileira, o Comitê Estratégico do Agronegócio. Vinculado ao Conselho do Agronegócio (Consagro), o comitê será composto por representantes das câmaras setoriais e temáticas do Mapa, além de lideranças de entidades setoriais e empresariais do setor produtivo rural.

O objetivo é definir prioridades a serem estabelecidas na formulação das políticas agrícolas, contribuir na fixação de diretrizes, indicadores e metas de desempenho do agronegócio e suas respectivas cadeias produtivas, avaliar e acompanhar as ações governamentais aplicadas ao desenvolvimento e sustentabilidade do agronegócio nacional.
“Vamos ampliar o diálogo do ministério com as cadeias produtivas, os produtores e os empreendedores do setor rural, construindo uma agenda estratégica para o nosso agronegócio”, registrou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.
Integrado por representantes dos setores público e privado, o Consagro abriga em seu regimento hoje as 34 Câmaras Setoriais e Temáticas do ministério que, operando como ambientes consultivos, contribuem na identificação dos problemas e oportunidades das diferentes cadeias produtivas bem como na apresentação de propostas de políticas públicas para o agronegócio.
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2104
Vera Stumm
vera.stumm@agricultura.gov.br


Ministério da Agricultura lança hoje o Plano Agrícola e Pecuário 2012/13


A presidente da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, lançam hoje, dia 28 de junho de 2012, às 10 horas, em Brasília (DF), o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) para a safra 2012/13. Entre as principais metas para esta safra estão o maior incentivo ao médio produtor rural, à agropecuária sustentável e ao cooperativismo.

O PAP é principal pacote de medidas do Governo Federal para incentivar a produção agropecuária. Lançado antes do início de cada safra, o plano inclui crédito para custeio, investimento, comercialização e subvenção ao seguro. 

As linhas de financiamento são elaboradas com condições facilitadas para o produtor, incluindo taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado. O plano também prevê os preços mínimos para os produtos agropecuários. Esses valores fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) gerenciada pelo Governo Federal para dar garantia de renda mínima ao produtor.

Serviço

Lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13
Dia: 28 de junho de 2012
Hora: 10 horas
Local: Salão Nobre, Palácio do Planalto, Brasília/DF

FONTE

Mônica Bidese - Jornalista
Telefone: (61) 3218-3088