sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

BA: TUBERCULOSE BOVINA - Cruzamento de informações pode rastrear focos

30/01/2014 21:22
Adab evolui na busca pela erradicação da tuberculose bovina na Bahia, zoonose presente em todo o território nacional e de ocorrência mundial que causa prejuízos à saúde animal e humana.

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria de Estadual Agricultura (Seagri), implanta projeto para rastreamento de foco de Tuberculose Bovina na busca pela erradicação da enfermidade no Estado. Os 11 matadouros frigoríficos com Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da região Nordeste e centro da Bahia passam a enviar amostras das lesões sugestivas de tuberculose em bovinos abatidos para análise e confirmação da doença. O objetivo é estimar a prevalência e conhecer a distribuição espaço temporal da enfermidade, possibilitando a vigilância epidemiológica, já que a doença causa grandes prejuízos econômicos por não existir vacina e os animais acometidos precisarem ser sacrificados.
Médicos veterinários inspetores dos frigoríficos estiveram reunidos na sede da coordenadoria regional de Feira de Santana para alinhar os procedimentos de envio do material encontrado na inspeção durante o abate. Durante as reuniões ocorridas no mês de janeiro, o médico veterinário José Gregório Nascimento explicou que a Tuberculose se caracteriza pela formação de nódulos granulares denominados tubérculos que podem estar localizados em qualquer órgão, mas frequentemente observadas nos linfonodos, pulmões, intestinos, fígado, baço, pleura e peritônio dos animais infectados. 

“Todas as amostras das lesões sugestivas de tuberculose bovina, identificadas pelo veterinário da inspeção, serão encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para isolamento do M. bovis e confirmação do diagnostico de tuberculose bovina”, disse a coordenadora do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) na Bahia, Luciana Ávila.
Munida destas confirmações a Adab vai desencadear ações em defesa sanitária animal para o rastreamento de foco e saneamento. “O uso destas ferramentas aplicadas à defesa sanitária animal vai permitir que a Adab evolua na busca da erradicação da tuberculose bovina em nosso Estado. Além disso, objetiva-se também consolidar grupos de pesquisas multi-institucionais e divulgar os resultados em periódicos e eventos científicos”, incentivou o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal.
Os onze primeiros matadouros foram selecionados de acordo com os dados do inquérito epidemiológico realizado em toda a Bahia entre 
2008 e 2010 que apresentou uma prevalência considerada predominantemente baixa de 1,6%, de um total de 18.810 cabeças bovinas com idade superior a dois anos amostradas em 1350 propriedades. “Iremos iniciar este projeto nas regionais de Feira de Santana, Salvador, Ribeira do Pombal e Paulo Afonso por apresentarem a menor prevalência do Estado com 0,3%, já que o uso do diagnostico molecular (PCR) permite identificação e rastreamento de genótipos que auxiliam no processo de vigilância epidemiológica e "explicação" de origens dos focos”, esclarece Luciana Ávila.

Esta medida é pioneira do Brasil, adotada recentemente no Mato Grosso do Sul, e países como a Argentina e Uruguai, que utilizaram este cruzamento de informações entre a inspeção nos abatedouros e a defesa sanitária animal para erradicar a Tuberculose dos rebanhos, principalmente os leiteiros.

(Da Ascom Adab),  



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Ministério da Agricultura publica regras para comércio de sêmen de caprinos e ovinos


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou no dia 23 de janeiro de 2014, no Diário Oficial da União(DOU), instrução normativa (IN) com as regras para o processamento e comercialização de sêmen de caprinos e ovinos no Brasil. Embora existam normas para outras espécies, ainda não havia regulamentação para o sêmen desses dois tipos de criação.Clique aqui para acessar a IN.

O texto foi consolidado após consulta pública ao setor produtivo. Segundo o ministério, os critérios estão alinhados ao código sanitário da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A medida entrou em vigor no dia da sua publicação no DOU.. 

A instrução normativa prevê que a coleta, processamento, distribuição e comercialização só podem ocorrer nos Centros de Coleta e Processamento de Sêmen registrados no Ministério da Agricultura. Para ingresso nos centros, os animais deverão ter documento oficial de trânsito animal e atestado de saúde emitido por veterinário registrado no Conselho de Medicina Veterinária.

A norma determina ainda que, no caso de rebanhos certificados pelo ministério como livres de doenças, não são necessários testes. No entanto, é preciso apresentar declaração assinada pelo médico veterinário responsável pela propriedade de origem dos animais e o próprio certificado emitido pelo Ministério da Agricultura. 

FONTE

Mariana Branco - Repórter
Fábio Massalli - Edição


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

SP: Novo aplicativo verifica autenticidade da Guia de Trânsito Animal



O aplicativo Consulta GTA, disponível nasplataformas iOS (Apple) e Android (Google), permite a verificação da autenticidade da Guia de Trânsito Animal. O documento é emitido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA). Para consultar a autenticidade, basta abrir o aplicativo e posicionar a câmera digital do smartphone no QR Code, que é um código parecido com o código de barras.

"Esta ferramenta é útil tanto para o criador como para os profissionais de defesa agropecuária em qualquer estado da federação", afirma o coordenador da Defesa Agropecuária de São Paulo, Heinz Otto Hellwig. "O criador terá mais tranquilidade ao receber os animais e comprovar a autenticidade do documento emitido em seu nome. Já os técnicos dos serviços de defesa ganham agilidade e rapidez nas atividades que desenvolvem", explica.

É possível ainda cadastrar número de CPF e do celular para receber uma mensagem cada vez que for emitida uma GTA em nome do produtor cadastrado. Quem já estiver cadastrado precisa entrar no sistema, ir até "cadastro de pessoa física", visualizar os dados, informar um número de celular ou endereço de e-mail e marcar na configuração que aceita essa facilidade.

FONTE


Balança Comercial do Agronegócio: confira os resultados de 2013, carne bovina é destaque [MAPA]


Confira os resultados de janeiro a dezembro de 2013
As exportações do agronegócio alcançaram a cifra de US$ 99,97 bilhões em 2013, subindo 4,3% em relação aos US$ 95,81 exportados em 2012, segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). As importações cresceram 4%, atingindo US$ 17,06 bilhões. O saldo do comércio exterior do agronegócio foi positivo em US$ 82,91 bilhões.
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O principal setor exportador foi o complexo soja (US$ 30,96 bilhões), responsável por 31% das vendas externas. Já com relação as vendas externas de carnes, estas subiram de US$ 15,74 bilhões em 2012 para US$ 16,80 bilhões em 2013 (+6,8%). Sendo assim, a carne bovina se destacou pelo aumento do valor exportado (+15,9%) e atingiu a cifra recorde de US$ 6,66 bilhões em 2013. Outro recorde histórico foi obtido nas vendas externas de milho, que somaram US$ 6,25 bilhões, crescimento de 18,2% em relação ao ano anterior.
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A Ásia foi o grande destaque no que diz respeito ao aumento das exportações do agronegócio. A região incrementou as compras em 18,3%, passando de US$ 34,24 bilhões em compras de produtos do agronegócio brasileiro em 2012 para US$ 40,5 bilhões em 2013. Um aumento significativo em relação aos 4,3% de expansão total das vendas externas do agronegócio brasileiro. Assim, a região passou de uma participação de 35,7% para 40,5% nas exportações do agronegócio brasileiro em 2013.
Somente outros três blocos econômicos tiveram aumento no valor adquirido: NAFTA (US$ 8,35 bilhões; +0,9%), ALADI (US$ 5,67 bilhões; +8,9%), e Mercosul (US$ 2,30 bilhões; +0,5%). As demais regiões diminuíram as compras de origem brasileira.
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A China se destacou entre os países importadores. Foi a primeira vez, em ano fechado, que o país ultrapassou a União Europeia como principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro e adquiriu US$ 22,88 bilhões. As vendas subiram US$ 4,91 bilhões em relação a 2012, valor que superou a expansão total das exportações brasileiras do agronegócio em 2013 (US$ 4,15 bilhões).
A participação da China nas exportações subiram para 22,9% em 2013, mais 4,1 pontos percentuais, enquanto a participação da União Europeia caiu de 23,6% em 2012 para 22,1% em 2013, menos 1,5 pontos percentuais.
Além da China, outros mercados relevantes que tiveram crescimento acima da média das exportações totais (+4,3%) foram: Hong Kong (+31,3%), Venezuela (+21,7%), Coreia do Sul (+21,5%), Países Baixos (+15,0%), Emirados Árabes Unidos (+13,7%) e Indonésia (+10,6%).
Houve concentração das exportações entre os 20 principais países importadores em 2013. Esses países passaram de uma participação de 72,0% nas compras de produtos do agronegócio brasileiro para 74,3%.
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Resultados do mês de dezembro/13
Em dezembro, o Brasil exportou US$ 6,39 bilhões em produtos do agronegócio, e importou US$ 1,37 bilhão. Como resultado, o saldo da balança comercial alcançou o superávit de US$ 5,02 bilhões.
O setor que se destacou foi o de carnes, com US$ 1,41 bilhão. Tal cifra representou incremento de 1,1% ante dezembro/2012 e decorreu, principalmente, do crescimento das vendas de carne bovina, que passaram de US$ 491,94 para US$ 618,56 milhões. Houve aumento das vendas desse produto também em quantidade (25,4%; de 109,27 para 137,03 mil toneladas).
A Ásia foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro no mês de dezembro/2013. O Brasil exportou US$ 1,76 bilhão à região, o que representou 27,5% das exportações totais do setor. A União Europeia ocupou a segunda posição no ranking, com US$ 1,47 bilhão. Assim como a Ásia, também houve queda nas vendas para esse mercado (-20,4%).
Perspectivas para 2014
Diante da safra recorde, estimada pela Conab em 196,6 milhões de toneladas, e da abertura de novos mercados, a perspectiva para 2014 é de continuidade no crescimento das exportações do agronegócio, mantendo o protagonismo do setor na balança comercial brasileira.
Fonte: MAPA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint

domingo, 5 de janeiro de 2014

Ubabef sugere medidas sanitárias para afastar risco de contaminação com gripe aviária

Raiva: entender para derrotar

O Dia Mundial de Combate a Raiva está praticamente aí e o tema deste ano é Raiva: entender para derrotar. Queremos garantir que aqueles que convivem com o risco da Raiva tenham entendimento como ocorre a transmissão, como é possível evitar exposições e o que fazer quando mordido ou arranhado por um animal com Raiva.
Mesmo que sejamos nós a coordenar e apoiar os eventos e recursos do  Dia Mundial de Combate a Raiva, este dia é de todos nós, e a cada ano  somos impressionados com os relatos de dedicação individuais. Neste ano, na Síria, a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Al Baath irá distribuir panfletos a crianças em centros de refugiados. E em Kolkata, Índia, haverá competição de desenho e redação para crianças nas escolas.
Outros eventos incluem a vacinação de cães errantes, exposições de cães, corridas geradoras de fundos, campanhas nacionais da mídia , e a lista continua, sendo possível visualizar muitos destes eventos na sua página. E se você analisar nosso mapa (imagem), você poderá observar que os eventos se espalham globalmente.
Portanto, o que você pode fazer para participar? Verifique na nossa página sobre eventos próximos a voce, ou estruture seu próprio evento e conte-nos sobre ele.  Uma maneira grandiosa de salvar vidas é ensinando as crianças sobre o que é Raiva, e para ter ajuda nisto, você pode baixar  a planilha de aulas apropriada a todas as idades em vários idiomas. Também disponibilizamos  pôsteres, folhetos e vídeos – todos gratuitamente – inclusive algumas traduções em russo, e um novo poster para a prevenção da Raiva por morcegos. 
Contacte seu representante no governo e questione o que está sendo feito para parar a Raiva, uma enfermidade previnível, exigindo dezenas de milhares de vidas a cada ano. Caso você reside em uma área onde aRaiva é endêmica, informe seu governo sobre os recursos gratuitos como www.rabiesblueprint.com , um guia que orienta passo a passo o que pode ser feito para reduzir o impacto da Raiva nas comunidades.
Participe da discussão de Uma Saúde (“One Health”) sobre como a prevenção da Raiva está progredindo aqui. Ou sintonize conosco na Google Hangout com Al Jazeera.  A data e horário exatos ainda devem ser confirmados, mas fique atento no Twitter e Facebook para atualizações. A gravação final será divulgada no Dia Mundial de Combate a Raiva. 
Lembre-se de atualizar seus links para nossa página (nosso novo endereço é www.rabiesalliance.org), nossa página da Facebook e siga-nos no Twitter  – use jogo da velha #RabiesIsPreventable.
E, por último, o mais importante, Obrigado. É você que faz do Dia Mundial de Combate a Raiva um movimento global. Juntos podemos derrotar a Raiva!
A equipe do Dia Mundial de Combate a Raiva da Aliança Global para o Controle da Raiva.
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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Estudo analisa mel e pólen de abelhas sem ferrão



Pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, avaliou o mel e o polén de 13 espécies de abelhas sem ferrão, bem como as próprias abelhas. O trabalho realizado pelo biólogo André Luis Lima de Araújo demonstrou as diferenças existentes na composição química de cada um dos produtos analisados, suas características e ainda o efeito dos locais de origem nas suas constituições.

Além do próprio mel, o estudo avaliou a composição química do pólen, principal fonte de minerais para a colmeia, e as próprias abelhas, num total de 13 espécies, que também foram coletadas para a correlação de seus respectivos méis. Para tanto, o pesquisador coletou amostras em cinco estados brasileiros (Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo), totalizando 77 colmeias.

"O estudo desses méis, combinado com o conhecimento do pólen e das próprias abelhas, nos permitiu um melhor entendimento sobre as contribuições desses produtos. Porém, ainda que exista uma legislação que regulamenta a criações de abelhas sem ferrão nas regiões onde são endêmicas, é necessário criar uma legislação específica para o mel dessas abelhas", completa o pesquisador.

As análises localizaram 10 elementos diferentes nos méis, outros 12 tipos nos polens e 14 nas abelhas. "Os resultados comprovaram a diferença na composição dos méis em função de local e espécies estudadas. Mas o dado mais positivo é que os elementos com importância toxicológica ficaram abaixo do valor máximo estabelecido pela legislação brasileira", avalia.

Apesar de ser detentor da maior diversidade de abelhas sem ferrão de todo o planeta, a produção do mel brasileiro é baseada na espécie exótica Apis mellifera, também conhecida como abelha-europeia. Contudo, mesmo sendo um dos maiores produtores mundiais desse produto, a criação das espécies nativas ainda é pouco explorada no país.

Diante do pouco conhecimento disponível, embora desperte algum interesse gastronômico e da medicina natural, a pesquisa estudou a composição do produto derivado de algumas espécies sem ferrão, comparando-o com o mel das tradicionais abelhas de listras amarelas.

Umidade

Outra importante diferença identificada nos teores avaliados diz respeito à umidade encontrada em cada tipo de mel, sendo que naquele proveniente da Apis mellifera, 80% é açúcar e 20% água. "A quantidade de água presente nos méis avaliados variou significativamente, sendo que apenas o mel de Apis melliferaapresentou umidade dentro do limite regulamentado, que é o de 20%. Já o nível da umidade presente nos méis de abelha sem ferrão variou entre 22 a 35%".

"Os méis das abelhas nativas são muito diferentes das de Apis mellifera, o que o torna um nicho comercial ainda pouco explorado. Ainda mais porque sua produção apresenta grande potencial para agregar valor econômico sustentável aos ecossistemas brasileiros, sobretudo os florestais", afirma.

Produção de alimentos e pólen

A tese de doutorado Estudo da qualidade do mel de abelhas sem ferrão por análise por ativação neutrônica instrumental foi defendida em novembro de 2013, sob orientação da professora Elisabete A De Nadai Fernandes.

No trabalho, Araújo justifica a importância de sua pesquisa lembrando que 70% da produção dos alimentos do mundo dependem da transferência de pólen pelas abelhas. "Além desses dados mundialmente confirmados, estima-se ainda que as abelhas sem ferrão sejam responsáveis por até 90% da polinização das árvores nativas do Brasil", informa.

FONTE


Assessoria de Imprensa Cena
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